Capítulo 14.

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AYLA.

Fechei meu caderno e joguei o mesmo dentro da minha bolsa, fiz o mesmo com o estojo e levantei da cadeira quase que ao mesmo tempo que a Thaíssa.

Thaíssa: Cara, eu tô a cara do pó e torcendo pro Chelsea não me confundir com mercadoria e tentar me vender. - falou assim que a gente saiu da sala.

Ayla: Tô tão cansada que eu tô quase correndo pra ficar guardadinha com a minha vó em Bangu! A mona deve tá numa paz terrível. - brinquei.

Thaíssa: Tu vai pro morro? -  eu neguei com a cabeça.

Ayla: Na verdade queria, mas tô em dúvida entre ir pra casa e ir pra loja, tem que ver as coisas como que tá né? Sem falar que tem que levar o cheque pro banco, hoje é dia de glória. - fiz beicinho - Eu que lute com o Uber.

Thaíssa: Com um contra cheque desse teu e tu tá chorando? - riu da minha cara - Dez conto por mês e eu bebia até a água da buceta da Bibi depois do banho dela.

Impossível não rir dessa garota.

Ayla: Tu vai pra pensão agora? - olhei pra ela e ela confirmou. A Thaíssa trabalhava no bar da mãe dela.

Thaíssa: Vou! Mas mais tarde qualquer coisa a gente inventa de fazer alguma coisa, amiga. - me abraçou rapidamente - Vou pegar essa van, aí chega mais rápido.

Ayla: Eu te mando mensagem então, bebê. - joguei beijinho pra ela e ela fez beleza com a mão.

Tirei meu celular do bolso e comecei a procurar o app do uber e resolvi tomar um suco porque o calor tava grande e pra dar uma enganada no meu estômago que estava praticamente vazio.

Olhei pros lados e não vinha carro, nem moto, aproveitei pra atravessar e enquanto isso eu estava pedindo a porra do Uber, só senti o impacto e o meu corpo indo parar no chão.

Ótimo, fui atropelada.

— Tá malucona? - o boy desceu do carro e veio me ajudar a levantar - Qual foi, tu tá bem?

Ayla: Maluco tá você que me atropelou. - falei no ódio já e tentei me levantar e ele me levantou - Tá cego que não tava me vendo atravessar? Tô melhor se tu tirar a porra da mão de mim. - me soltei dele.

— Vai tomar no cu garota, tu toda tilt atravessando a rua com o celular na mão e não olha por onde anda. - ele falou todo putinho.

Ayla: Eu atravessei em cima do caralho da faixa ou tu tá cego que essa merda - apontei pro semáforo - tá no vermelho?

Acho que ele respirou fundo pra não dar na minha cara.

Olhei meu celular e o pobre trincado a tela de canto a canto, a traseira também já era. Poxa, meu iPhone 13 Pro Max todo destruído. Não tinha um ano de uso e já tá quebrado.

Ayla: A não acredito, bofe. - choraminguei e fiz bico.

— Aí nós começou mal essa porra, pera aí que eu vou tirar meu carro do meio da rua. - ele falou porque já tava geral buzinando - Vão tomar no cu também. - gritou bolado pro pessoal.

Saí do meio da rua pra ninguém passar por cima de mim, de novo e ele voltou pra perto de mim de novo.

O bofe era até bonitinho sabe, tinha um cavanhaque safado que chamava a atenção pra caralho.

— Aí nós começou errado, tô cheio de problema hoje e também tava no celular, aí não te vi. - falou mansinho.

Ayla: Percebi né, fica igual maluco por aí, vai acabar matando alguém. - falei na lata.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora