Capítulo 56.

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COROLLA.

Chumbo grosso no Complexo, nem subi pra casa da tia Fabiana porque eu já podia ouvir a confusão aqui na minha cabeça e tudo que eu não precisava era de perturbação na mente. Até porque era briga de família e mesmo a tia me metendo na família dela de todo jeito, esse caô não era meu.

Rosana: Vai dormir aqui ou vai dormir no outro morro, meu bem? - se sentou.

Corolla: Vou dormir lá nos Macaco mermo, vim só ver se a senhora tá precisando de alguma coisa.

Rosana: Tô não, filho, tô bem. Mas, queria conversar uma coisa com você.

Corolla: Ih, fala logo que a senhora não é de ficar dando volta igual maluco. - olhei pra ela sério.

Rosana: A Jeniffer me ligou, me pedindo ajuda ontem a noite.

Corolla: E é claro que a senhora falou que não, né tia?

Rosana: Na verdade eu não falei nada. - olhou pro chão.

Corolla: Já sei onde a senhora quer chegar, já sei o que a senhora vai me pedir e a resposta é a merma: Não! Qual foi, tia? Jeniffer fez da vida da senhora um inferno, se acoloiou com o safado do pai dela, deram um golpe na senhora e agora que tudo na certa se acabou, quer voltar pra baixo da saia da senhora?!

Rosana: Eu sei que o que ela fez é imperdoável, eu sei filho, mas você me conhece e infelizmente, ou felizmente talvez, ela ainda é a minha filha.

Tia Rosana tinha um coração maior que esse mundo e a minha vontade era esfregar na cara dela o lixo de filha que ela tem.

Só que por um momento, eu enxerguei a minha mãe, era como se ela estivesse intercedendo pela minha tia.

Porra, dona Solange aí fica dificil de manter a minha moral!

Corolla: A senhora venceu, tia! - respirei fundo - Manda ela subir lá no Macaco que eu quero conversar com ela pessoalmente.

Rosana: Tá falando sério? - os olhos dela brilhavam.

Corolla: Infelizmente tô! Mas vou deixar a senhora ciente que se ela aprontar aqui, ela vai entrar no fogo, já é? - me levantei - Dá sua benção, que eu tô partindo.

Rosana: Deus te abençoe e eu nunca vou saber te agradecer por tudo que você faz por mim. - sorriu e acariciou meu rosto - Te amo.

Corolla: Me agradeça ficando tranquila, fazendo suas coisas na paz de Deus. Só não quero ver a senhora chorando pelos cantos. - beijei o topo de sua cabeça - Minha mãe se tivesse aqui ia falar um montão pra senhora que eu sei.

Rosana: Ia mesmo! - riu - Você aprendeu direitinho com ela.

Corolla: Te amo. - pisquei pra ela.

Rosana: Eu também te amo. - ela sorriu pra mim.

Me despedi dela, peguei a chave do carro que me deu o vulgo, entrei dentro do mesmo e arranquei de lá. Tava com uma fome do caralho, parei pra comer um podrão e quem que eu achei lá? A mandada da Ayla. Essa filha da puta não ia chegar só na segunda feira?

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora