Capítulo 118.

1.2K 147 24
                                    

IMPERADOR.

Tempos depois...

Domingão de sol, dia dos pais e graças a Deus meu coroa tá solto pra comemorar com nós. Chegava essa data aí, eu ficava na maior neurose porque sentia falta de ter meu pai por perto. Nós é cabeça dura, as vezes bate boca, mas eu sou doido nele a vida inteira.

Foi pensando nisso com mais uma bíblia que eu ouvi da minha mãe que fui pro baile no sábado lá no Chapadão, mas vim pra casa pra quando o coroa acordar eu tacar o pântano nele porque eu comprei uma polo da Lacoste pra ele e comprei um tênis de grife pra ele.

Tomei um banho, vesti só a cueca e a bermuda e desci direto pra cozinha.

Minha coroa tava passando o café enquanto segurava a Alana no colo. Falando nela, tempo passou real, a nega do meu pai já estava com quase quatro meses ou já tinha quatro, sei lá, tava nessa faixa aí.

Imperador: Se me ver agarrado com ela separa que é briga, tá ligado... - cheguei cantando pra Alana que virou o rosto pra mim e abriu aquele sorriso sem dente.

Gabriela: Que susto, Pablo. - abriu olhão pra mim e eu peguei a Alana do colo dela.

Imperador: Bom dia, doutora, amor, gostosa da minha vida. - beijei o rosto da minha mãe e dei um cheiro no pescoço dela.

Gabriela: Tá de bom humor, milagre. - riu - Escuta, você comprou o presente do seu pai?

Imperador: Comprei e ainda comprei uma parada pro vô também, quase deixei meu rim, mas tá suave. - fiz careta e me sentei a mesa, coloquei a Alana sentada em cima da mesa - Mas cadê o chefão? - me referi ao meu pai.

Gabriela: Quando eu levantei, ele ficou dormindo e pelo tempo ainda deve estar. - disse abrindo a geladeira e foi tirando umas paradas de frios.

Imperador: Paulo Henrique dormindo ainda? Então o chá de buceta ontem foi forte em, doutora. - brinquei.

Gabriela: Tu me respeita que eu não te dei essas ousadias não. - bateu com o pano de prato nas minhas costas e eu ri.

Imperador: Isso dói, doutora. - reclamei.

Gabriela: Problema seu, não senti nada. - deu de costas.

Fiquei admirando a Alana que fazia barulho constante com a boca, só faltava essa menina falar e isso quando não ficava me julgando com o olhar enquanto eu cantava Dona Gigi pra ela.

Imperador: Fede mais que um urubu, canhão, vou falar bem curto e grosso contigo, hein, já falei pra vazar. Coisa igual nunca se viu, oh vai pra... puxa, tu é feia! - cantei balançando a Alana em cima da mesa e ela só ria.

Ayla: Foi daqui que pediram a mais gata do mundo? - entrou na cozinha do nada, segurando uma sacola.

Imperador: Fala piranha. - olhei pra Ayla e fiz careta pra ela.

Ayla: Sai, cagado. - me deu um pescotapa e eu devolvi uma chinelada nas pernas dela e ela gritou - Vou quebrar sua cara!

Aí a Alana se assustou e começou a chorar. Minha mãe se virou e me olhou feio, parecia que tava vendo bicho na frente dela.

Gabriela: Porra, vocês não crescem né? - olhou séria pra mim e pra Ayla.

— Foi ela/ele, mãe. - falamos juntos.

Gabriela: Bora circulando, Imperador! Você fez a Alana chorar, você vai fazer ela se calar, palhaço. - bateu palma.

Imperador: Vou levar ela pro meu pai. - levantei rápido e saí da cozinha correndo com a Alana no colo.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora