Capítulo 74.

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DAVI.

Tentei, Deus é testemunha que eu tentei. A mãe dela conversou, as tias dela, acho que até a avó dela levantou do caixão pra ver se dava conselho pra ela. Eu poderia dizer que ela é maluca, que surta, mas sei que eu tenho os meus defeitos também.

Ainda sim tentei ficar em paz, parei com a pelada nos domingos, dei uma sumida da casa da minha mãe, ia lá pra almoçar e quando pegava o moleque na casa da mãe dela, mas mermo assim não deu. Eu nem tava olhando pra Thaíssa na festa da minha cunhada, mas pra ela eu tava na intenção dela.

Quando nós chegou em casa, ela surtou, quebrou as coisas, falou o que quis, falou que não quis e por fim ainda amenizei.

[...]

Davi: Tô metendo o pé pra minha mãe, tu esfria essa tua cabeça aí e depois nós conversa. - falei sério.

Hoje ela deu outro ataque de ciúme porque eu curti uma foto da Ayla que ela postou com a Thaíssa.

Érica: Vai, vai lá pra junto da tua mãe que é outra coviteira safada. Pensa que eu não sei que ela leva a projeto de puta pra onde vai que é pra ver se tu come?! - falou exaltada.

Davi: Tu quer brigar comigo, tu briga mas tu não mete minha mãe no meio do teu circo. - apontei o dedo pra ela e aumentei o tom de voz - Tu respeita minha mãe igual eu sempre respeitei a tua. Nem ela e nem dona Jane tem culpa do teu complexo de inferioridade não.

Érica: Eu complexada? - gargalhou - Toma vergonha nessa tua cara e assume a porra que tu faz. Se eu sou complexada, tu é o quê? Moleque vestido de homem, sempre foi assim, se achando o piru de ouro. - gargalhou e eu neguei com a cabeça - Tu só ficou comigo porque a piranha que te dava a buceta foi de ralo e foi de ralo por culpa da irresponsável da tua mãe. - ela estava se referindo a Nathália.

O meu sangue ferveu e eu perdi a linha pra ela. Peguei ela pelo pescoço e a joguei com força contra a parede.

Eu gostava da Nathália e eu ainda me sinto culpado pela morte dela. Quem atraiu ela pro esquema pro meu irmão botar a mão nela fui eu. Na época foi maior repercussão negativa e não tem um dia que eu me deite e não me lembre dela.

Érica: Tá me machucando Davi, me solta. - tentou me empurrar - Covarde.

Davi: Cala a porra da boca que quem vai falar sou eu, tô cansado dessa porra desse casamento, tô cansado de você e eu só não vou falar que tô arrependido por causa do Fernando que é a única coisa de boa que essa relação nossa trouxe. Tu lava tua boca pra tocar no nome da Nathália e mais ainda no nome da minha mãe ou tu vai conhecer um Davi que tu não queria conhecer. - falei sério, a encarando profundamente em seus olhos pra não restar dúvida.

Peguei uma mala grande minha, abri e joguei a maioria das minhas roupas dentro e enquanto eu fazia isso, a cabeça só pensava em pedir o divórcio. Peguei a mochila com a roupa do plantão, joguei no carro e subi lá pra minha mãe.

O diabo quando não vem, manda o secretário, o motivo do ódio da minha mulher bem na minha frente. Eu nunca tinha reparado nela, mas de tanto a Érica falar nela, eu comecei a reparar e a entender o motivo.

Depois da minha mãe presentear a Thaíssa e rolar toda aquela viadagem a nível de Imperatriz, minha mãe me chamou na responsa e se trancou comigo no quarto dela. Contei tudo que aconteceu, da forma que aconteceu sem esconder nada.

Davi: E eu quero o divórcio. - falei por fim.

Fabiana: No meio dessa guerra de vocês, os dois estão se esquecendo que o Fernando tá no meio disso tudo. Quem mais sofre é ele! Não é porque ele tem um ano e meio que o menino não tem sentimento. - me olhou séria - Não quero você encostando em mulher, já te avisei.

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