Capítulo 85.

1.4K 131 16
                                    

MAÍSA.

Cheguei da escola motorizada, meu pai se sonhar que eu saí na Ninja dele, é capaz de ter um troço. Botei a chave no mesmo lugar que ele deixou antes de sair, procurei sinal da Babi e não achei. Provavelmente deve tá na casa da Luíza a essa hora, visando que a bonita fugiu da escola.

Meu celular tocou pra caralho, era a Maria, até achei esquisito porque essa hora geralmente ela fica lá pela casa da tia Diana ou estudando.

Resumindo o babado, a mona tava desconfiando que estava grávida e tinha feito um exame de sangue e queria ir lá no postinho mostrar pra enfermeira ou pra médica, mas em segredo e inclusive tinha falado com a mona lá pra esperar ela no fim do expediente.

Xoxei ela horrores primeiro, porque se ela tivesse grávida do Trindade, a ex mulher dele ia fazer desgraça na vida dela e sem falar no Dinho que ia fazer aquela cena, mas acabei concordando que eu ia com ela e que não ia contar nada pra ninguém.

Bom, fui tomar banho, cacei alguma coisa pra comer e fiquei pelada no sofá pensando em vários nadas. Ninguém ia brotar lá em casa mesmo, BN tava na Penha e se viesse me ver era de noite e vinha pela porta da frente.

É, a gente continua ficando gostosinho e fingindo que nada tá acontecendo na frente das pessoas. O que ninguém sabe, ninguém estraga e Falcão não mata ninguém.

Quando deu a hora que a Maria marcou, botei uma roupa, me perfumei e soltei meus cachos pra jogo. Tranquei a casa e fui lá pra casa dela encontrar a bonita, tio Dinho tinha acabado de chegar do trampo.

Maísa: Oi feio. - falei sorridente assim que ele desceu da moto.

Dinho: Opa, feia de primeiro escalão. - riu - E a boa?

Maísa: Sua filha, claro! Cadê ela?

Dinho: Deixa eu ver se ela tá no meu bolso. - botou a mão no bolso da frente da calça.

Maísa: Nossa tio, muito engraçado, tô chorando aqui de rir. - falei na ironia e ele riu.

Dinho: Pergunta do caralho também né, Maísa, mas entra aí, se ela não tiver aqui, deve tá lá na olho de gato. - se referiu a tia Diana.

Maísa: Queria mesmo que ela ouvisse isso e o senhor levasse umas balas na cara pra ver se melhora essa tua beleza rústica. - falei pra provocar e ele me mostrou o dedo do meio.

Dinho: Entra vai, entra pra eu não te pranchar. - brincou e abriu o portão.

Maísa: Comédia não é o seu forte, amor, para. - fiz sinal pra ele - Essa família tem cada coisa.

Entrei entrando, dei um cheiro na tia Bruna que tava firme na sopinha de letrinhas com o William, filho da madrinha Luarinha e o padrinho Chelsea. A mona sustentou anos e anos sem engravidar porque ela tinha alguma coisa no útero, sei lá, sei que depois de um bom tempo de tratamento quando ninguém mais tava acreditando que morcego doaria sangue, William deu oi e agora tá aí se lambuzando a cara de sopa.

Olha como é as coisas né? Tio Dinho encostou o piru na tia Bruna quando eles ainda eram de menor e a pobre da madrinha comeu o pão que o capeta amassou pra parir.

Arranquei de lá com a Maria, a gente meteu uma história que ia comer besteira, fofocar e depois a gente ia lá pro meu avô. Tudo mentira, só queria ganhar tempo pra dar tempo de esconder a vagabunda se desse positivo nesse exame de sangue.

Se não fosse isso, ela ia ter que escolher entre o Caju e o Irajá.

Maísa: Teu pai vai te botar no Irajá se tu tiver grávida, já tô vendo a gente fazendo passeata pedindo justiça com a tua foto na camisa branca. - botei a mão na testa.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora