Capítulo 104.

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MAÍSA.

Só Deus sabe o que eu senti quando os meninos começaram a entrar em casa. Uma sensação de alívio, alegria tomou conta e quando eu dei por mim, lá estava eu abraçada na minha irmã e chorando horrores. Fui dormir com ela do meu lado e quando eu acordei só pensei: cadê Bárbara?

O mesmo acontecia com meu pai e a minha mãe, com o tio PH que estava abraçado com a tia Gabi,  Corolla com a Ayla, Imperador e a Carol que veio diretamente do Chapadão porque ele mandou buscar ela.

Maísa: Você é uma maluca, cara, você podia ter morrido, sei lá tomado um tiro ou coisa muito pior. - olhei pra ela.

Bárbara: Eu fui por você, não tem nada pior pra mim do que ver você assim e quem machucou o Breno eu mesma matei. - falou me abraçando forte novamente - Eu não me arrependo e eu voltaria lá um milhão de vezes.

Quando eu ouvi ela falando eu matei, confesso que entrei em estado de choque. Eu não queria transformar minha irmã numa assassina,

Maísa: E você tá bem depois de tudo isso? Babi não precisava você fazer isso, eu não queria te transformar numa assassina, Babi... - ela me interrompeu.

Bárbara: Nunca me senti tão bem em toda minha vida, Isa. - sorriu de orelha a orelha - Eu tô em paz como nunca estive na minha vida toda! Acho que só preciso de umas horas de sono pra botar as ideias no lugar. Você já foi ver o Breno?

Maísa: Ainda não, estava esperando vocês chegarem e queria que você fosse me acompanhar. - juntei as mãos temendo o surto.

Bárbara: Agora? - levantou a sobrancelha - Coé, é muita boa ação num dia só.

Maísa: Não, sua maluca, de noite. - cruzei os braços.

Bárbara: Ah então eu vou. - fez carinho na minha cabeça.

Patrícia: Você quer matar a sua mãe de susto, Bárbara? - minha falou bolada antes de abraçar a Babi.

Bárbara: Desculpa, mãe... Era a minha missão. - disse com a cara mais sonsa do mundo.

Falcão: Virou a madrinha do Morro dos Macacos agora. - disse se sentando no sofá - É, a gata aí ainda vai ter participação nos lucros.

Patrícia: Eu acho que eu não tô ouvindo bem ou entendi errado. - minha mãe olhou séria pro meu pai - Você faz um escândalo toda vez que ela apronta e dessa vez tu vai deixar por isso mesmo? Tu sabe a gravidade do que aconteceu, não sabe?

Falcão: Sei, mas a gente já viu essa novela e só mudou o protagonista e o lado da revolta. - desviou o olhar pro Imperador e pro tio PH - Nossa filha é isso aí e só a gente que não quis ver.

Patrícia: Minha filha é normal, Matheus, a minha filha é uma jovem normal e tem uma vida toda pela frente. - a coitada já tava chorando - Ela é a patricinha da mamãe como sempre foi.

Falcão: Nossa filha a única coisa que ela não é, é normal, Patrícia, aceita! - negou com a cabeça - Ela levou de rolo quase todo mundo, ainda matou o Fluminense na bala como se tivesse fazendo algo cotidiano.

Bárbara: Não chora, mãezinha. - Babi a abraçou - Eu ainda posso ser a sua bebê mimada, mas existem coisas que não mudam nunca e tá na força do sangue.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora