Capítulo 32.

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BÁRBARA.

Falcão: A quanto tempo isso entre você e aquela menina tá rolando? - foi a primeira pergunta que meu pai me fez.

Bárbara: A mais de um ano. - respondi sem terror e ele passou a mão no rosto negando com a cabeça.

Soraya: Que absurdo! - falou escandalosa e a minha vó Fabiana fuzilou ela com o olhar.

Patrícia: E você gosta dessa menina, filha? - perguntou me olhando e segurando a minha mão.

Bárbara: Gosto, não vou mentir. Eu não vou dizer que eu amo, que eu sou louca de amores por ela porque aí eu vou estar mentindo! - mantive a seriedade - Amar eu entendo que seja o sentimento que os meus avós tem um pelo outro, pelo que a senhora e o meu pai mantém a vida toda.

MK: E quando foi que você passou a gostar de chupar buceta? - perguntou na cara de pau na maior tranquilidade e o meu pai virou pra ele igual exorcista.

Bárbara: Desde que eu morava no Paraguai, Luíza não foi a primeira com quem eu me envolvi. - cruzei os braços e olhei pra minha vó Fabiana que carinhosamente balançou a cabeça.

Soraya: E você fala isso com essa calma? Com essa naturalidade? Essa sua falta de vergonha é coisa de outro mundo, Bárbara! Isso é uma doença, só pode. - falou indignada.

Fabiana: Admiro a sua hombridade e a sua nobreza de falar a verdade sobre um assunto que ainda é tido a ignorância como doença e coisa de outro mundo. - revirou os olhos - Eu te amo muito! - se esticou e pegou na minha mão. - Soraya, na boa? Não me testa não!

Soraya: Tudo isso é culpa sua, Fabiana! Tu sempre se mete na criação das meninas, passa a mão na cabeça de quem tá errado. Quem estragou seus filhos foi você e não satisfeita agora quer estragar os netos também! Ninguém tem coragem de te falar porque você controla a vida de todo mundo, mas ninguém te suporta e odeiam que você se intrometa nos problemas.

Patrícia: Para, mãe! - minha mãe a repreendeu.

Minha vó olhou pro meu avô, respirou fundo, me olhou e ficou uns minutos pensativa.

Fabiana: Soraya, eu tenho sessenta e três anos, minha ficha criminal dá mais do que um diário, eu criei seis filhos e criei uma neta. Sem menosprezar os meus outros netos que eu amo demais e cada um deles sabe disso! Eles sabem a importância que eles tem na minha vida porque sem eles ao meu redor eu seria a pessoa mais infeliz do mundo. Os meus filhos estão bem criados e hoje eu tenho um médico, um jogador de futebol e uma advogada em casa, todos eles muito bem sucedidos. Tá vindo por aí uma neta também advogada que eu não economizo quando o assunto é futuro dos meus. E sim, eu tenho dois traficantes em casa, mas não foi por falta de oportunidade, foram por escolhas próprias deles, eu fiz o que eu pude! Eu briguei, eu bati, conversei, orientei, Deus sabe quantas noites eu passei ajoelhada pedindo a Deus que tocasse no coração dos meus filhos pra que eles fossem pra outros caminhos, mas cada cabeça uma sentença. - deu uma pausa - Eu poderia te mandar pra baixo da terra agora se eu quisesse, mas em respeito a sua filha que pra mim se tornou uma filha, eu peço com todo meu coração que suas opiniões que você tem a respeito de mim e do meu marido, do restante da minha família você guarde pra você, ou enfia na porra do seu cu, caralho! - gesticulou.

MK: Calma, preta! Nós dois não somos o x da questão. - ele falou e deu um beijo no rosto da minha avó.

Fabiana: Que inferno cara, eu tava na puta que pariu incomunicável e a culpa é minha! Porquê que tu não cuidou já que tu foi pro Paraguai, Soraya? Porquê que tu não ficou de olho nela então? - olhou pra Soraya e eu achei que o pau ia cantar entre elas.

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