Capítulo 63.

1.4K 126 20
                                    

BÁRBARA.

Fui pra escola hoje me arrastando, por mim tinha ficado em casa dormindo e só vim porque meu pai veio trazer eu e a Maísa na escola e prometeu que vinha buscar a gente. Guardei meu caderno junto com o meu estojo na minha mochila, fechei a mesma e botei a mesma nas costas e saí da sala mexendo no meu celular.

No corredor encontrei a Luíza que me abraçou de lado, me deu um cheiro e um beijo na bochecha.

Luíza: Tá esperando quem, amor? - me olhou enquanto eu procurava a Maísa com o olhar.

Bárbara: Tô esperando minha irmã, meu pai vem buscar a gente. - me virei e achei a Maísa abraçada num garoto da sala dela - Ainda bem que o Breno faltou hoje, porque se não o surto vinha. - comentei.

Luíza: E Breno tem alguma coisa com a Maísa desde quando? - me olhou estranhando.

Bárbara: Desde a festa lá na Thalía. - sorri - Carol foi pro quarto cuidar do Imperador e a Maísa foi pra suíte com o Breno.

Luíza: Mas ela já tinha dito que não rolou nada, amor, deixa de ser bocuda igual teu pai. - deu risada.

Bárbara: Minha irmã é sonsa. - continuei caminhando quando vi a Maísa vindo - Sonsa e o Breno é tralha, mas faz tudo que ela quer e por ela ele morre.

Luíza: Quero morrer sua namorada, porque eita língua de chicote. - riu.

Maísa: Vamo logo que o pai deve tá tendo um ataque lá fora. - desceu as escadas na maior pressa.

Bárbara: Até parece que não conhece o pai que tem. - fiz careta e continuei descendo tranquilamente as escadas.

Quando eu cheguei lá fora tive a certeza que eu já sabia, meu pai ainda não tinha chegado e isso deixou a Maísa bolada.

Luíza sentou no canto com sombra e eu me sentei entre as pernas dela enquanto a gente esperava o bonito do meu pai chegar pagando de novinho gostoso com o som nas alturas.

Dez minutos se passaram e esses dez minutos viraram vinte e vinte virou uma hora.

Maísa: Vamo embora Babi, se não a gente vai ficar pra estudar a tarde também. - se levantou puta de ódio - Não sei pra que ele manda esperar.

Bárbara: Aleluia. - botei a mão pro alto - Deve ter esquecido ou tá com caô na boca.

Luíza: Vou comprar Guaraviton pra gente. - arrumou a calça - Tu quer Maísa?

Maísa: Eu quero ir pra porra da minha casa. - falou bolada.

Bárbara: Ou, ou baixa o tom de voz que ninguém tem culpa que teu pai vive com a cabeça no tráfico. - falei e soltei a Luíza que saiu andando.

Maísa: E ele não é teu pai não né? Ata. - bufou.

Bárbara: É meu pai e eu conheço a peça. - sorri irônica.

Luíza chegou com dois Guaraviton e nós foi tratando de subir o morro. Eu parecia prefeita, falava com todo mundo e enquanto eu sorria, a Maísa tava de cara fechada e era engraçado.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora