Capítulo 101.

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RARO.

De longe vi o Falcão dando esporro na Bárbara por causa da língua sem freio que ela tem. Já percebi desde a primeira vez que eu me bati com ela que ela é o afronte em pessoa, ela tem um jeito diferente de entrar na tua mente sem tu perceber, mas o mal da Babi é não pensar duas vezes antes de falar e principalmente com o pai dela que tá levando na maciota pra não perder a cabeça com ela.

Depois do sermão que ele deu nela, ela foi sentar na beira da piscina bolada pra caralho, tirou um baseado do meio do decote, acendeu, puxou e jogou a fumaça pro alto.

Aí eu desencostei da pilastra e me aproximei na tranquilidade. Me sentei do lado dela e acendi o baseado também, tomei o isqueiro que tava na coxa dela e me mantive em silêncio.

Tava pronto pra ver ela surtar mesmo.

Bárbara: Tu não sabe pedir por favor ou o gato comeu a porra da tua língua? - quebrou o silêncio quando entreguei o isqueiro pra ela.

Raro: Tu é de negar fogo, Barbie da favela? - a encarei.

Bárbara: Nunca, mas não lembro de te dar essas intimidade que tu acha que tem. - gesticulou.

Raro: Aí, tu tá bolada é com teu pai, não comigo. Te falei que peitar teu pai é uma perda de tempo.

Bárbara: Meu pai me trata como se eu fosse um bebê e eu tô começando a ficar cansada real.

Raro: Tu reclama de barriga cheia. - sorri de lado.

Bárbara: Eu reclamo porque eu tenho razão, eu fiz dezoito anos e não cinco, meu pai fica nessa daí a toa. - gesticulou.

Raro: Tu tem sorte por ter alguém pra se preocupar contigo, já viu quanta gente espalhada por aí não tiveram presença do pai ou o pai era um escroto do caralho? - ela se manteve em silêncio - Tá nítido que ele só quer teu bem e claro, respeito pra tu continuar com teus dente no lugar.

Bárbara: O esporro depois vai valer a pena, eu sei. - sorriu e eu concordei com a cabeça.

Raro: Eu sei que tu e o Imperador tão aprontando alguma coisa e se for o que eu tô pensando.. - dei risada.

Bárbara: Sabe? Então chuta. - me olhou toda desafiadora.

Raro: Você e o Imperador, na minha visão tem um caso aí, tô errado? - falei jogando verde e ela começou a gargalhar.

Essa filha da puta ia ter que soltar o que ela tá aprontando.

Bárbara: Totalmente, errado pra caralho! - riu - Quem tem costume de pegar primo é a minha irmã que namora o Breno. Eu e o Imperador somos primos e apesar de eu realmente achar ele muito gato, não o pegaria.

Raro: Deus fez os primos pra não pegar os irmãos, sabia não?

Bárbara: O foda é que a gente foi criado como irmão mesmo sendo primos. - sorriu - E eu conheço ele de trás pra frente, sei quem é a peça já.

Raro: Então, porque é que vocês dois andam tão colados ultimamente? - cerrei os olhos, crente que ela ia me contar que tá aprontando.

Bárbara: Tá com ciúme do Imperador? Eu não te devo satisfação e você não é investigador.

Raro: Não mermo, mas aí, te passar a visão que se tu tá assim, pensando aí na tua cachola em se meter no caô do Breno, é melhor parar de sonhar porque tu não nasceu pra isso.

Bárbara: Olha se na minha testa tá escrito Parque União pra tu ficar se preocupando com a minha vida, se manca né?! - se levantou e eu abri um sorrisinho - Tenha uma péssima noite.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora