Capítulo 112.

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AYLA.

Dei banho no Bê, passei pomada, o talco, botei uma fralda calça nele e uma bermudinha da Tigor. Perfumei o gato, pentiei seus cabelos e dei um cheiro nele e suspirei.

Amo cheirinho de neném!

Desci com ele porque estava na hora de almoçar e como ele já tem um pouco mais de um ano, ele tinha mais é que se alimentar como a gente.

Quando cheguei na sala, minha mãe estava sentada no sofá com a Alana no colo e lendo uns papéis, a gata estava de licença maternidade ainda, mas gostava de olhar os processos pra instruir seus associados da melhor forma possível.

Ayla: Oi mãe, oi princesa. - cumprimentei minha mãe com um beijo no rosto e a Alana com um cheiro na cabeça.

A nega do meu pai tava cada dia mais esperta.

Gabriela: Oi amor. - sorriu e me deu um beijo - Oi toquinho da vovó. - soltou a papelada e pegou o Bê com a outra mão que tava livre - Tá bem, vó?

Minha mãe estava numa fase icônica, mãe novamente e ao mesmo tempo avó. Isso aflorou nela a melhor de suas versões, ela ficou mais carinhosa do que já era e mais protetora também.

Ayla: E essa papelada toda aí, é o que, mãe? - perguntei curiosa.

Gabriela: Seus papéis pra você e o Guilherme assinarem, se trata dos papéis da adoção do Bernardo. - deu uma pausa - O Glauco trouxe agora pouco.

Ayla: Isso tudo? - olhei as páginas por cima.

Gabriela: E esses aqui é da retificação do nome. Ou seja, vocês vão dar um novo nome pra ele adicionando os sobrenome de vocês e assinar também. - me entregou outros papéis - Mas você lê direitinho e qualquer dúvida, eu dou uma olhada pra você.

Ayla: Mas já? Isso não é coisa que leva muito tempo? - olhei surpresa.

Gabriela: Adoção no Brasil é um processo demorado, requer paciência é verdade, mas nada que uma boa quantia não se possa conversar melhor. - sorriu - A assistente social vai subir o morro e vocês precisam de uma casa pra dar a entender que moram juntos e obviamente não pode ser a casa da minha mãe.

Ayla: Sei, vou mandar o Corolla cuidar disso aí. - sorri e guardei os papéis no envelope.

Jaqueline: Eu fiz suco de maracujá, será que o Bernardo toma, Lala?

Ayla: Tá com pouco açúcar, tia?

Jaqueline: Nem açúcar eu coloquei, porque a Bibi falou que o Murilo tava com a taxa da diabete alta. - deu uma pausa - Hoje quem quiser suco doce que coloque no seu copo. - secou a mão no pano.

Ayla: Ele tava comendo doce escondido, não estava? - tia Jaque fez careta e concordou com a cabeça.

Fabiana: Se eu pegar você comendo doce escondido, Murilo, eu vou arrancar a sua língua. - disse descendo as escadas e meu avô desceu na frente fazendo careta.

MK: Foi só um doce de mamão, preta, já tomei o remédio da diabete, tô novinho em folha. - olhou pra ela.

Fabiana: Seu pouquinho é um copo daquele de uísque cheio e transbordando que eu te conheço, bofe! - colocou a mão na cintura.

MK: Tu comendo carne de sol salgada tu não vê, né? Incrível, Fabiana. - ficou de bico.

Fabiana: Então tu come, come o doce do mundo todo, quando tiver que amputar uma ou se não tuas duas pernas tu não diz que eu não te avisei e não cuidei de você. - se bolou.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora