Capítulo 17.

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PH.

Muito bom estar em casa, reencontrar a família e ver geral se divertindo. Meu pai que costuma falar que quem conhece o que é estar preso, sabe dar valor a liberdade e nesse ditado dele eu boto fé!

Desde que eu cheguei não me sentei um minuto, tinha que dar atenção pro pessoal, mas chega uma hora que o malandro quer sossego e eu me sentei um pouco afastado de geral, fiquei sorrindo igual otário e agradeci a Deus mentalmente.

Falcão: Tá tilt, se isolando aí? - parou do meu lado e sentou no chão.

PH: Tô me escondendo que eu tô cansado. - ri - Como que tá os bagulho aqui fora, tudo diferente pô.

Falcão: Diferente onde? Tá tudo a merma coisa, o lugar é o mermo, as piranhas são as merma e a única coisa que mudou é que a mãe ainda tá presa, mas vai sair logo! - olhou pra onde meu pai tava sentado.

Tava todo babão com o Fernando que estava em seu colo, pois o Davi havia acabado de chegar com a esposa.

Passei o olhar pelo geral e vi a Ayla de papinho com o Fluminense, chefe do Juramento.

PH: Qual que é do sorrisinho ali? - apontei pra onde a Ayla estava.

Falcão: E eu vou lá saber? Deve ter amizade, sei lá, Ayla parece prefeito em ano de eleição.

PH: Desde quando Ayla tem amizade com gente do Juramento? - ele fez careta e gesto que não sabia.

Falcão: Deixa a garota viver, pô, ela tem quinze anos mais não, tá? - falou todo despreocupado - Tá encaminhada na vida, tu quer mais o quê?

PH: Não quero ela com envolvido. - falei sério - Tu não quer tuas filhas e eu não quero ela também.

Falcão: Eu ainda tenho querer por que minhas filhas são de menor e quem paga a fatura delas sou eu e a minha mulher, mas a Ayla? Ayla é de maior e tem a vida dela. Tu tem querer ali onde? - olhou pra mim. Ele tava na paz terrível.

PH: Pode ter duzentos anos, parceiro, pode tá com todo o dinheiro do mundo enquanto eu viver eu ainda mando nela! Tá maluco? - falei sério.

Sempre fui muito responsável quando se tratava da Ayla. Primeiro porque eu sou padrinho dela, segundo porque vira e mexe ela morava na minha casa e outra por proteção, por amor de pai pra filha porque isso é o que ela é pra mim.

Pablo que é meu filho eu não quero no crime, imagina querer ver a Ayla com envolvido.

Falcão: Vou nem te falar nada pra tu não se decepcionar. - levantou e ajeitou a camisa.

PH: Ih, qual foi, tá escondendo o quê? - olhei pra ele escaldado já.

Falcão: Nada, tá de neurose? - fez sinal de louco e eu olhei pra ele com os olhos cerrados.

PH: Cresci contigo e teu mal é achar que pra mim tu mente. - levantei do chão.

Na hora que ele ia falar alguma coisa, o Davi chegou perto da gente fazendo escândalo já.

Davi: Ialá, saiu do hospício onde tu tava internado? - me abraçou forte e eu dei um tapa na cabeça dele.

PH: Cansei da paz terrível, dar o toque lá de dentro já estava me cansando. - ri e soltei ele - Como é que tá a família?

Davi: Tá bem, porra. - sorriu - Aí, quero uma casa boa pra morar.

PH: Ih, mediquin subindo o morro? - gastei - Tu tá com uma cara de playboy da porra.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora