Capítulo 141.

1K 141 16
                                    

IMPERADOR.

Cada hora que se passava ficava mais próximo de botar o projeto da morte da minha vó na pista. Faltava só ela marcar o encontro com o deputado Silveirinha.

Corolla montou um esquema de segurança e eu fui levando a minha velha pra um lugar longe dos Macacos pra que ela pudesse fazer a ligação e agora tô aqui gravando tudo porque o deputado ia virar bode expiatório e ia ser responsabilizado pela morte da Imperatriz.

Trágico.

— Alô.

Fabiana: Boa noite, deputado Silveirinha. - falou com a voz aveludada - Tá lembrado de mim?

Silveirinha: Bibi Imperatriz... - falou com ódio - Eu jamais esqueceria dessa sua voz, sua maldita. Acho surreal a sua coragem de me ligar sabendo que tô te caçando pelo estado inteiro.

Fabiana: Calma, Silveira. - soltou um risinho - Não precisa de tanto ódio não é mesmo?

Silveirinha: Você destruiu a minha família, sua vagabunda, traficante de merda. Eu te ajudo a sair do lugar onde você tinha que ter morrido e você me agradece matando gente da minha família? Eu vou destruir você, nem que seja a última coisa que eu faça.

Fabiana: Lamento a sua perda, vossa excelência. - se fez de sentida - Mas por trás de tudo isso tinha uma criança de um ano, indefesa que foi espancado pelo seu sobrinho, deputado Silveirinha. Poderia ser seu filho, poderia ser filho de qualquer um, até podia ser o meu filho e o fim seria o mesmo. Meu neto não é saco de pancada de ninguém, meu neto é uma criança de um ano e não tem culpa de briga de casal e da negligência da mãe dele. Ele tem pai e tem uma família que o ama, mas principalmente uma avó que dá a vida por ele se preciso for.

Silveirinha: Sempre tem outros meios de resolver isso, você não tinha o direito de mexer com família minha. Você tá com alzheimer igual o verme do seu marido?

Fabiana: Respeita a condição do meu marido que mesmo com a memória um pouco limitada, ele nunca se esqueceu que com mulher e criança não se mexe! Tá pensando que tu é quem? Tu pode ter mexido teus pauzinhos pra me trazer de volta pro Rio de Janeiro, mas não saiu de graça não! Paguei e paguei muito caro por isso, Silveirinha. Pra tu curtir essa mansãozinha aí no Leblon, eu lavei muitas notinhas de cem, deputado! Nem a fábrica da omo daria conta de lavar os milhões que eu lavei pra você e pros seus colegas, deputado Silveirinha.

Silveirinha: Vadia mercenária! Cala a boca. - esbravejou com ódio.

Fabiana: Mas eu tenho um acordo pra fazer contigo, deputado e se trata da minha rendição. O senhor e eu sabemos que eu não vou conseguir sair do país e corro risco de vida. Não é justiça que tu quer?

Silveirinha: Pra você o caminho é bala! Eu tenho imunidade parlamentar, você ao menos sabe o que isso significa?

Fabiana: Claro que eu sei o que significa, deputado! Mas você pode pegar a sua imunidade, seu exceptio veritatis e jogar no lixo. Se eu for presa, tu cai junto comigo! - deu uma pausa - Pensa bem deputado, ano que vem é ano eleitoral e o senhor sabe que precisa de mim pra se reeleger. Seu melhor cabo eleitoral sou eu, deputado.

Silveirinha ficou uns minutos em silêncio.

Silveirinha: Onde e quando?

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora