Capítulo 16.

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PATRÍCIA.

Ela é mó gata, toda linda posturada, mas nem olha
na minha cara e agora?

Falcão: Chama meu vulgo, me pede tudo, seu Falcão hoje até de manhã.. - me abraçou por trás, beijou minha nuca e em seguida me deu um cheiro e me apertou.

— É que sempre que ela passa, mano, eu fico sem graça, quebramo tudo, coitada da cama, mas se alguém pergunta é que a gente disfarça.. - cantei juntinho com ele e sorri.

Em uma de suas mãos ele segurava um copo de uísque, peguei da mão dele e dei um gole.

É difícil de acreditar, mas eu e o Matheus continuamos muito apaixonados um pelo outro. Claro que, como todo casal nós entramos em atrito, mas tudo se resolve com um surto e muito amor.

Foi muito difícil lidar com a prisão repentina da minha sogra e principalmente com a nossa ida pro Paraguai. O fato da minha mãe também ter ido com a gente foi um dos motivos de nossas brigas.

Minha mãe não aceitava a vida que nós levávamos e culpava o Matheus por isso. Tive que dar um se liga nela pras coisas voltarem ao lugar e aliás, não voltaram a ser a mesma, mas a gente tenta levar o barco do jeito que dá.

Falcão: Tu quer uma cerveja? Vou buscar. - olhou pra mim e eu concordei com a cabeça - Budweiser?

Patrícia: É, mas se não tiver, traz Brahma mesmo. - falei olhando pra ele e dei um selinho nele. - Tão lindo meu marido.

Falcão: Beleza rara, patricinha. - deu um risinho sínico e me soltou - Vou lá pegar.

Eu me sentei uns minutinhos porque meu salto estava incomodando um pouco e eu fui ver se dentro dele tinha alguma coisa.

Soraya: Patrícia, tu já reparou que tem alguma coisa de estranha nessa amizade da Bárbara e dessa garota que anda com ela? - minha mãe sentou do meu lado.

Patrícia: Não. - respirei fundo e tirei o salto do meu pé - O que a senhora tá vendo de anormal ali? - apontei pra onde a Babi estava com a Luíza.

As duas estavam sambando e gravando story juntas.

Soraya: Essa aproximação, só faltam se beijar na frente das pessoas! E sem falar nos boatos que corre aqui que essa loira que vive grudada na Bárbara, ela é... - olhou pros lados - Lésbica... Olha que vergonha!

Patrícia: Para com isso, mãe. - olhei feio pra ela e em seguida coloquei o salto de novo - Deixa a vida das pessoas e se ela for mesmo? Lésbica não tem amigas? - arqueei a sobrancelha.

Soraya: Quero ver o que tu vai fazer quando essa garota aparecer desvirtuada! - me olhou feio.

Não tenho a menor vergonha de dizer que eu pari minha cunhada, porque a Bárbara definitivamente é a mistura da Gabriela com a minha sogra. Gabriela quando mais nova dançava sensualmente agarrada em mim e nas meninas, nem por isso a gente era lésbica.

Então ver a Bárbara agarrada com outras meninas era mais que normal e nesse caso elas nem estavam fazendo nada. Além de sambar e gravar story. Por outro lado, meu lado mãe já me dizia que o comportamento da Bárbara era diferente do comportamento da Maísa em relação aos relacionamentos.

A Bárbara é totalmente igual ao Matheus, além do jeitinho do rosto ela se abre fácil, faz amizade fácil e qualquer um que caia na rede é peixe. Já a Maísa parecia mais comigo, era mais reservada, mas também não estava de bobeira.

Enquanto eu não ver nada de concreto, não vou pressionar ninguém e vai que é só uma fase não é?

Patrícia: Vou fazer o quê? Vou plantar uma bala na cabeça da minha filha e da garota? - neguei com a cabeça.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora