DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.

Capítulo 73.

THAÍSSA.

Terminei de lavar a montanha de louça depois do almoço e depois de organizar a cozinha, recebi uma mensagem da Ayla dizendo que era pra eu subir pra casa da vó dela que ela, a dona Bibi tava me chamando. O motivo? Não sei, mas já que ela chamou, não custava nada ir lá.

Tomei um banho que eu tava só a cara da derrota, botei um conjuntinho que o tecido era bem fresquinho porque pra aguentar esse calor do Rio, tem que ter roupa soltinha, botei meu cabelo preso num coque, havaiana no pé, o dindin da unha do pé e subi.

Eu podia apertar a campainha? Podia, mas não precisei porque quando eu cheguei lá, encontrei o Davi descendo do carro de mala e cuia. Ele não tava lá essas coisas, sua expressão facial e suas veias do pescoço um pouco saltadas indicavam que ele não tava puro.

Davi: Tu vai entrar? - perguntou com a maior ignorância e eu apenas concordei com a cabeça - Então passa, pô. Virei muro pichado pra tá me olhando?

Aí eu não me aguentei.

Thaíssa: Ai desculpa doutor, você quer que eu não te veja? É simples, se enfia num buraco e nunca mais sai de lá, querido. - passei por ele que continuou me encarando.

Entrei na casa da dona Bibi, tava todo mundo espalhado pela sala e ela tava deitada ao lado do marido dela num colchão no chão assistindo alguma matéria na tv que falava de crime. Tava todo mundo vidrado e só a Ayla percebeu que eu entrei.

Ayla: Oi amiga, vem pra cá. - afastou um pouco no sofá e bateu do lado dela.

Thaíssa: OI GENTE! - berrei, mas tava geral entretido na matéria da tv - Que isso amiga, morreu gente?

Ayla: Não, meu avô achou no YouTube aqueles canal que fala de crime, aí apareceu um vídeo tipo seleção dos dez maiores nomes do comando, ele viu a foto dele e a da minha vó e agora tá assistindo e esperando citarem o nome dele. - comentou baixo.

"Quando se fala em Falconi, a gente lembra do Jogador, lembra do MK, mas na sexta posição ocupa Fabiana Carvalho Falconi, conhecida como Imperatriz ou Bibi Imperatriz. Nascida na Vila Cruzeiro em trinta de setembro do ano X e filha do traficante Fabiano Carvalho, o FB, pouco se sabe como ela foi parar no crime, mas boatos dizem que foi após a morte do pai.."

Fabiana: Mente que nem sente, só me meti nessas coisas quando o Imperador morreu. - revirou os olhos - Olha nosso pai, Diana.

Diana: Muita saudade, Bibi. Você tá bem a cara dele. - sorriu.

Fabiana: Ah, meu pai.. Se a gente soubesse que o senhor ia embora tão cedo, talvez a gente não tivesse deixado o senhor sair.

Ayla: Meu Deus como a senhora era magrela, vó. - botou a mão na boca.

Gabriela: Essa foto aí eu nunca vi. - apontou - Mãe, era a senhora mesmo? Muita bunda pra uma mulher só.

Fabiana: Pior que é. - fez careta.

MK: Muito gostosa, tá maluco. Apaixonei nesse rabão aí e nessa carinha de safada. - deu risada.

Fabiana: Meu Deus, cala a boca Murilo. - riu envergonhada.

"Imperatriz era a principal responsável pelo tribunal do crime na comunidade em que vivia e graças a sua disposição a prática de crimes, ela foi conquistando respeito e cargos mais altos. Até que ela se tornou sub e passou a dar as ordens por lá quando Breno Alves de Andrade, o Imperador da Penha faleceu numa operação feita pelo bope."