DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.

Capítulo 114.

JENNIFER.

Corolla é ridículo, foi me arrasando no caminho porque eu tava cantando. Olha, garoto parece que não tem coração né? Todo errado esse aí.

Corolla: Abre essa porta, esquece a neurose lá fora, me ouve agora, meu bem, isso é tudo fofoca das suas amigas, é tudo mentira... - cantou.

Ele tava todo focado no trânsito e eu peguei meu celular, ia bem filmar e mandar pra Ayla mesmo.

Corolla: Você viu a mensagem, não viu o nome, era uma piranha, nem lembro da onde. Não sou esse tipo de homem que mente, arrisca o agora pra perder o sempre..

— Apressamos sonhos imagináveis, abri mão de tudo pra tá nessa vibe e algo assim tão forte não vai se acabar com uma mensagem. - cantamos juntos.

Corolla: Pensa que eu não sei que tu me filmou, tem nem vergonha na cara, alá.

Me fiz de egípcia e mandei pra Ayla mesmo. Até que não demorou muito pra nós chegar lá no Santa Marta, Corolla conhecia quem mandava por lá e pediu pra desenrolar e eu achei ótimo, até porque eu já trouxe ele pra isso mesmo.

O cara lá primeiro não quis dar muito ouvido né, achou que era maluquice da nossa cabeça, mas aí meu primo deu o papo nele e eu contei tudo o que eu sabia pro cara lá e ficou certo.

Tão certo que brotou um bloco de pelo menos quinze bandido além do Corolla pra ir visitar minha ex madrasta.

Ela que lute, amor! Não mandei agir de safadeza.

As coisas da minha mãe não ficava bem dentro da favela, mas mesmo assim a área era dominada por esse cara aí que o Corolla conhece e como aqui ele não tem voz ativa então não podia chegar fazendo o que bem entendesse.

Essa hora a mandada tava bem no salão e eu falei pro Corolla parar bem na frente e os caras já foram fazendo o cerco. Ela que nem ouse correr porque ela vai se atrasar bem lindo!

Entrei no salão bem linda e a Josiane que tava lá pranchando o cabelo de uma amiguinha dela lá enquanto falava no celular com alguém e quando me viu não teve reação.

— Oi, boa tarde, você marcou hora? - uma mona perguntou, tava de uniforme e obviamente era a recepcionista.

Jeniffer: Não querida, mas não vai precisar, que a Josiane mesmo vai fazer questão de me atender. Não é, lindinha? - cruzei os braços no deboche e nessa aí o Corolla já tava atrás de mim com mais cinco.

Josiane: Tá fazendo o quê aqui, garota? - desligou o celular e soltou a prancha no móvel.

Jeniffer: Eu? Vim pegar o que é da minha mãe que tu roubou e não tô falando nem do broxa do meu pai.

Josiane: E tu tá falando de quê, garota? - deu risada - Rosana não tem nada aqui, aliás ela não tem e nem você.

Jeniffer: Tô falando desse salão aqui, das casas e do salão de festas. É muito simples, tu assina a papelada devolvendo tudo pra quem é de direito e evapora daqui do mesmo jeito que tu entrou ou... - ela me interrompeu.

Josiane: Ou o quê? - veio me peitar - Se manca piranha, nem tu e nem a rata velha da tua mãe tem mais nada aqui em Botafogo não.