Capítulo 76.

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AYLA.

Acordei com o despertador do Imperador tocando e dei de cara com ele dormindo de costas pra mim. Todo estranho, metade do corpo até a cabeça coberto e o resto do corpo sem coberta e ainda dormiu só de cueca. 

Levantei, juntei minhas coisas e saí de fininho do quarto dele, porque ele quando acorda é um mal humor que só Deus na causa. Fui pro meu quarto que eu tinha aqui, só pra tomar um banho mesmo e vestir uma roupa pra ir pra minha vó. Falei pra ela que ia pra loja e que ia passar o dia por lá, até porque aquilo me pertence e eu tinha que cuidar.

Falei pra Jennifer me esperar e fui cuidar da vida. Quando desci, encontrei minha mãe toda arrumada, provavelmente ela ia sair pra uma diligência.

PH: Tá na hora de tirar esse bagulho aí de licença, Gabriela, larga de teimosia pelo amor de Deus. - ele falou bolado - Minha filha conversa com essa cabeça dura da tua mãe, fala pra ela que ela não pode se estressar.

Gabriela: Não tô doente e ainda tô me aguentando em pé, vou ter muito tempo pra ficar deitada quando a nossa filha nascer, PH. - falou séria.

Ayla: Gente, bom dia. - sorri de lado - Mãe, não é melhor pisar no freio com a vida de criminalista? Suas emoções são passadas pra Alana e ainda corre o risco dela nascer já advogando. 

Gabriela: Bom dia, vida. Não, não é melhor e eu tô cansada de todo me tratar como se eu tivesse uma doença terminal. Se eu ficar em casa, olhando pras paredes, eu vou ficar doente e depressiva. - falou alisando meu cabelo - Não tem coisa melhor do que amanhecer o dia, vendo o extrato do banco e sair pra bater boca com o delegado abusado. - sorriu.

PH: Tu não tá passando fome, não tá faltando nada pra tu aqui em casa. Teu problema é dinheiro? Não tem problema, boto minhas cara na pista e faço um belo assalto até o banco central se for preciso, Gabriela. - falou indignado, coitado.

Ele realmente estava muito preocupado com ela e ela bem plena.

Gabriela: Eu também amo você, mas entenda que eu só me dou por satisfeita trabalhando. - sorriu pra ele toda boba - Nossa Alana ama um agito e já que ela sente tudo, ela vai sentir a emoção de uma delegacia. Mês que vem eu prometo que eu fico em casa. - alisou a barriga - Não é, meu amor?

Ela só disse isso porque mês que vem a Alana ia nascer, conheço ali.

Ayla: Melhor tirar a cabeça da mamãe do que tirar a ideia da cabeça dela, pai. - dei risada e ele negou com a cabeça.

PH: Teimosa pra caralho. - bufou - Cadê Imperador, tá dormindo ainda?

Ayla: Deve ter levantado já. 

PH: Depois diz que tem muito mais do que habilidade pra ser chefe, eu tô vendo mermo.

Gabriela: Para de criticar o menino que tu era do mermo jeito. - olhou feio pra ele.

Ayla: Bom, dá beijo aqui que eu vou pra casa da minha vó, vou trocar de roupa e descer pra loja que eu tô atrasadinha já. - sorri. 

Gabriela: Toma café primeiro, amor. 

Ayla: Hoje não, mãe, na rua eu como alguma coisinha. - sorri.

Me abracei com os dois, ambos me encheram de beijo e cheiro. Dei um beijo na Alaninha no buchinho e saí da casa do meu casal e subi pra minha vó. Inclusive foi lá que eu descobri que o bicho tava pegando no Morro dos Macacos e meu avô tava pros lados de lá e não dormiu em casa.

Quebrei meu orgulho e mandei mensagem pro Corolla. Apesar de tudo, eu me preocupo com ele e se essa peste morre eu ia brigar com quem? Eu queria ele longe, mas não queria ele morto. 

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora