Capítulo 46.

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COROLLA.

Terminei de botar meus bagulho no lugar aqui no Macaco mermo, PH tá de volta então tá na hora de sair um pouco da cena lá no Alemão e botar ordem por aqui. Nunca gostei de deixar responsabilidade minha na mão dos outros, principalmente o financeiro.

Passei a manhã todinha trancado em casa batendo a contabilidade, tinha umas falhas e mais tarde eu ia fazer a cobrança pessoalmente e FR que se cuide porque se eu cismar de traição, não vai ter papo pra velório.

Outro ponto foi que eu terminei de mobiliar a minha casa, dei uma meta maneira pra tia Rosana comprar uns bagulho pra casa porque eu sou bandido, mas eu sou caprichoso pô. Botei as coisas no lugar e dei fim botando um porta retrato com foto da minha mãe no móvel abaixo da tv.

Fiquei encarando a foto por um tempão, maior saudade eu tinha dela e me pego pensando se ela estivesse viva se eu teria coragem de ser o Corolla ou se eu seria apenas o Guilherme.

Tudo bem que se eu quisesse virar doutor, engenheiro ou seja lá que porra fosse eu teria tido apoio. Mas eu me revoltei, parceiro, quando vi já tava dando de 157 pela pista e ainda tomei maior coro do tio MK, papo dele me pegar bolado mermo, mas não parei não e hoje eu tô aqui.

Dispersei dos pensamentos quando ouvi o bip insistente do rádio.

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Macarrão: Aí Corolla, Imperatriz tá na área. Libera?

Corolla: Tá maluco? Não era nem pra ter parado ela, deixa subir. - falei bolado.

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Pouco tempo depois ouvi umas batida de palma vinda lá de fora, saí e sim era ela. Achei que o tio MK tinha vindo com ela, mas ela estava sozinha.

Já fiquei escaldado, era raro ver ela sair sem ele do lado e pelo menos uns sete homens em volta deles.

Corolla: E aí tia, sua benção. - peguei na mão dela e beijei.

Fabiana: Deus te abençoe, Guilherme. - sorriu e me abraçou forte.

Corolla: Problema em casa, tia? - me afastei um pouco pra analisá-la.

Fabiana: Tu não foi lá pra casa, te procurei pelo Alemão e não te achei. - ela beijou minha mão também e abaixei meu rosto pra que ela beijasse minha testa, porque já era costume.

Corolla: Vim botar os bagulho aqui do meu jeito né, tia! Chefe bom é aquele que brota e fica pro problema. - dei passagem pra ela entrar - Cadê o tio?

Fabiana: Ficou em casa, dei uma fugidinha na festa, tu sabe né? Fabinho chegou. - sorriu toda alegre.

Corolla: Sério? Não tô ligado não, mas também passei o dia todo trancado aqui. - me sentei do lado dela no sofá.

Fabiana: Mas eu não esqueço de você, afinal você é como os meus filhos, não tem nada de diferente. - me olhou - Prometi pra Solange que cuidaria de você e não abro mão disso. Tá precisando do quê?

Corolla: De nada não, tia, tá tudo tranquilo. - sorri - Obrigada pela preocupação, mas eu não quero esquentar essa cabecinha não.

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