DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.

Capítulo 123.

IMPERADOR.

Minha avó hoje ia pro fórum como todos os meses e de lá, ela ia direto pra Baixada pra cuidar de seus negócios e dessa vez meu avô não iria junto porque ia pro médico justamente na hora que ela teria que estar diante do juiz, então sobrou pra mim acompanhar a braba na rota hoje.

Tomei banho sério depois da Carol me deixar maluco, vesti uma roupa discreta, mas eu gato pra caralho é impossível passar batido. De casa eu fui lá pra casa dos velho, minha avó já estava arrumada com sua calça social boca de sino preta e uma blusa rosa bebê clarinha, que é o uniforme das funcionárias da Império Rio.

Uma bíblia abaixo do braço, maquiagem leve, apenas um par de brincos simples e cabelo preso num coque. É... Muito diferente do que é a real dona Fabiana.

MK: Cuidado com a minha mulher em, moleque! - alertou chegando perto dela - Qualquer coisa liga pra mim, preta.

Imperador: Ih, confia em mim não é? Vou dar mole com a Imperatriz não, parceiro, relaxa o coração. - falei entrelaçando meu braço no braço da minha avó.

MK: Não custa reforçar o recado. - ele abraçou minha vó e os dois se beijaram brevemente.

Fabiana: Te amo, meu amor! Quando eu sair de lá, eu aviso você. - acariciou o rosto do meu avô.

MK: Eu também amo você, preta! Tá levando dinheiro extra? Tu pode precisar.

Fabiana: Tô forte, vida, não precisa se preocupar. - piscou pra ele.

Esperei a melação deles dois acabar, por fim, saí da casa da minha avó acompanhado da mesma. Avenida Brasil tava foda por conta de um acidente no meio da via.

Fabiana: Filho, aproveitando que estamos só nós dois, tu já conversou com aquela cacheadinha que você fica? - perguntou do nada.

Imperador: Não, ainda não, vó. - pisei no freio e mantive a atenção no trânsito.

Fabiana: E você tá esperando ela descobrir por terceiros? - levantou a sobrancelha.

Imperador: Eu confesso pra senhora que eu não sei nem por onde começar, não é só chegar lá e falar que eu engravidei outra. - neguei com a cabeça.

Toda vez que eu parava pra pensar nesse assunto, eu ficava nervoso pra caralho.

Carol é toda sistemática, penei pra conseguir ficar com ela depois do primeiro beijo que eu dei nela e sabia que ela não ia entender legal não.

Fabiana: Deixa eu ver se eu entendi, você tá esperando ela descobrir por terceiros igual o teu avô fez comigo? - repetiu a pergunta e me olhou séria.

Imperador: Não vó, na verdade eu tô tentando achar melhor forma de contar isso.

Fabiana: Filho, não existe melhor forma ou pior forma! O tu deveria ter feito foi ter contado pra ela logo, sem arrodeios e com chance de explicar como tudo aconteceu. - tocou nos meus ombros - Reza pra ela não vir pro Alemão e trata de se adiantar em contar.

Imperador: Eu vou fazer isso, vó. Valeu! Tava perdido pra caralho, mas acho que agora sei o que fazer. - segurei a mão dela e beijei a mesma - Mas me conta aí, como foi que a senhora reagiu?

Fabiana: Melhor assim. - dei uma pausa - Eu fiquei com um ranço do teu avô, só Deus explica como foi que eu voltei pra ele. Mas não foi pelo bebê, foi pela genitora do teu pai porque eu sabia que ela não ia me dar sossego e por eu ter que saber da boca do Guto! Sendo que o tempo que eu passei internada no hospital, todo dia teu avô ficava lá comigo, tipo de madrugada ele ia dormir comigo lá, então nós dois sozinhos ele podia ter me contado.