Capítulo 08.

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AYLA.

Sextou! E eu saí do curso um pouco mais cedo porque hoje era dia de levar meu gatinho no médico e então combinei com a tia Gabriela que eu sairia do cursinho e encontraria ela no escritório dela pra gente ir buscar o gato em casa.

Fui pro escritório da poderosa e na recepção falei com a secretária da minha tia e ela disse que ela ainda estava lá na sala dela e que eu poderia entrar pois ela estava me aguardando.

Gabriela: Oi amor. - ela disse assim que me viu entrando e estava assinando uns papéis.

Ayla: Oi tia, tá bem meu amor? - fechei a porta e me joguei no puff.

Gabriela: Tô bem, tô só assinando o contrato de aluguel do meu apartamento na Gávea, aluguei e vou voltar pro morro. - ajustou os óculos no rosto com a ponta da unha - Tia Jaque falou pra mim que papai tá tomando banho já.

Ayla: Que tal a gente levar ele pra passear? Ir num cinema? Sei lá. - sugeri - Pelo menos ele espairece, solta umas graças.

Gabriela: É uma boa ideia e a minha tarde toda é dedicada pra ele. - sorriu - Meu Deus que demora. - bufou.

Ayla: Tá esperando o que, mona? - tirei meu celular do bolso e desbloqueei, na hora que ela ia responder, alguém bateu na porta e eu olhei pra minha tia.

Gabriela: Entra. - ela gritou e a porta se abriu, era a Hadassa com uma pilha de papéis - Que isso aí, faxina no armário e ninguém me avisou?

Hadassa: Acho que o office boy confundiu a gente, essa papelada aqui é pra tu, é o processo do.. - levantou uma folha - Paulo Henrique Carvalho Falconi - leu o nome - Ele não é o teu...?

Gabriela: Ex marido. - minha tia concluiu - É, voltei atrás e peguei o caso dele. Só vou ter paz com o Pablo, quando o Paulo estiver em liberdade.

Incrível como eles usavam o Pablo como desculpa pra tudo, pobre Pablo Guilherme que era o pivô das brigas e da reconciliação encubada dos dois.

Pensa que eu não vi que ele ligou pra ela ontem a noite e eles falaram sobre o Pablo no começo da ligação, já o que veio depois vocês podem imaginar, né?

Ayla: Só a paz, tia? Tô achando que é muito mais do que isso. - mordi o lábio - Nada me tira da cabeça que esses olhinhos tão brilhando porque o amor se encheu, se é que me entendem.

Gabriela: Nunca acabou. - ela colocou os papéis que estava assinando de lado.

Hadassa: Que isso cara. - riu e colocou a papelada do bonito em cima da mesa da minha tia - Vai ter trabalho pesado, tá?

Gabriela: Eu gosto da dificuldade. - sorriu e alisou onde estava escrito o nome dele - Pra ficar com ele no passado já foi difícil, pra soltar é fichinha! Tomei bala por causa do PH, quase morri, quase perdi o movimento da perna e ainda perdi um filho e nada mais me assusta.

Hadassa: Bateu saudade do marido, mana? - gastou ela.

Gabriela: Tenho bons motivos pra não querer Paulo dentro da cadeia por muito tempo e um deles é tentar manter todo mundo perto do meu pai, outro é dar um freio no Pablo porque confesso que eu vou acabar empurrando meu filho da escada ou matando ele de porrada. - riu - E o outro é pela saudade que eu tenho daquele preto safado, não vou mentir.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora