Capítulo 31.

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BÁRBARA.

Maísa: Se afasta da Babi. - ouvi a voz da minha irmã falando pra alguém.

Falcão: Não vou bater nela não, vim ver como ela tá. - era a voz do meu pai, preferi ficar de olhos fechados.

Maísa: Tá viva e tá dormindo pra sua infelicidade. - falou um pouco decepcionada e senti ela me abraçando em seguida.

Falcão: Me respeita Maísa, não fala assim comigo. - falou todo sério e aposto que ele tá de cara feia.

Maísa: Eu sabia que o senhor ia achar ruim, mas aí a fazer o que fez com ela é demais. - senti ela acariciando meus cabelos - Ela não merecia isso nem aqui e nem em lugar nenhum! Não da maneira que foi.

Falcão: Já sei que eu peguei pesado, tá legal? Agora já pode abaixar a guarda que eu não vou bater em ninguém. Não parece, mas eu amo vocês duas muito mais do que eu amo eu mesmo. - ele acariciou os meus cabelos e senti um beijo no meio da minha cabeça.

Me mexi quando senti a Maísa me soltando e se levantando da cama. Parecia que um caminhão passou por cima de mim, eu tava toda dolorida e até pra me virar doeu.

Abri os olhos e meu pai estava sentado na beira da cama, o encarei e me encolhi. Ele não falou nada, só pegou a minha mão e ficou segurando.

Patrícia: Bom dia, meu amor. - falou soltando a Maísa e vindo na minha direção.

Bárbara: Bom dia, mãe. - falei fraquinha de voz.

Patrícia: Como você tá? - minha mãe puxou o lençol e me viu nua, hematoma no meu corpo era mato.

Nessa hora ele levantou e saiu do quarto.

Bárbara: Vou ficar bem, mãe! Não foi dessa vez que meu pai me matou ou me deixou sem andar. - falei sem humor.

Patrícia: A mamãe vai cuidar de você, prometo! Isso não vai mais acontecer. - acariciou meu rosto - Mas acho que a gente tem que conversar, não acha? O que aconteceu ontem é muito grave.

Bárbara: Pra quê? Se a lei que conta no final das contas é a do Falcão, o todo poderoso, o brabo. - falei sem muito humor - Sei nem pra que ele veio aqui! Já não fez o que ele queria fazer? Então pronto.

Patrícia: Bárbara... - minha mãe me repreendeu.

Bárbara: E não é verdade? Já fui cobrada e por mim esse assunto tá encerrado e a vida pode seguir. - tirei o cobertor de cima de mim e me levantei com um pouco de dificuldade.

Patrícia: Cabeça dura igual seu pai! - me ajudou a ficar em pé - Só sua vó mesmo pra botar vocês dois na linha.

Preferi ignorar o que ela disse e fui me arrastando pro banheiro. Eu queria esquecer o que aconteceu, mas era só fechar os olhos por alguns minutos e só vinha os flashs na mente.

Tomei banho e a Maísa deixou minha roupa separada, depois a Ayla apareceu e rebocou minha cara pra eu me sentir melhor.

Desci e tava à família quase toda reunida, com excessão de quem já arrastou pra cima como era o caso do tio Formiga, tio Guto que tinha data pra voltar pra Bangu em breve e o caso do Fabinho da massa que estava em negociação com o Vasco pra voltar pra casa.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora