Capítulo 52.

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MK.

Tava de boa com a minha pretinha entocado no alto do morro, coisa que já é costume acontecer. Nós mete o pé de casa pelo túnel e vem parar em outra que quase ninguém sabe onde é. Eu tava deitado no sofá conversando com a Fabiana enquanto a bala comia lá fora. Nós já tinha feito um sexo bolado, regado a vinho e chocolate pra diminuir a tensão e a preocupação.

As vezes eu tinha saudade de me meter nos caô do Alemão, mas aí eu lembro que é melhor ficar vivo e eu mudo de opinião fácil. Hoje eu dominava áreas menores, minha renda eu injetei no comércio junto com a preta e graças a Deus, o papai continua muito rico e durinho.

Tinha que deixar meus descendente forte, pô, que por sinal a base dos Falconi vem no pique do turbo. Só relíquia do pretinho!

É eu sou um avô babão, otário que segundo a Gabriela mesmo fala, eu sou um jumento que os filhos amansou pros netos montarem.

Fabiana: Eu acho, aliás tenho certeza que o Beça nem aí ele tá, mandou só os mandado dele. - falou rindo.

MK: Veio nada, preta! Ali parece rato. Espera o gato sair pra fazer a festa, mas não vai arrumar nada. - falei como se fosse óbvio.

Fabiana: Sabe que eu tava aqui pensando, preto? Nós dois começar a olhar ali pela baixada fluminense, eu vejo dinheiro ali. - sorriu.

MK: Mesquita? - perguntei estranhando o interesse. Minha mulher não dá ponto sem nó.

Fabiana: Duque de Caxias. - falou fazendo carinho na minha coxa - Ainda mete o esquema de contravenção por lá.

MK: Sei não, Fabiana. Tu com esse rolo aí com justiça, acabou de sair da tranca, meu nome aí envolvido em escândalo daquele político lá. - fiquei pensativo.

Fabiana: Ali a gente queima num sequestro relâmpago, preto, peixinho pequeno. - disse como se fosse a coisa mais fácil do mundo.

MK: FB Carvalho é você? - dei risada e alisei o rosto dela - Tem hora que eu acho que meu sogro voltou e tá encarnado em você.

Fabiana: Por quê? Tá com saudade dele te apavorando? - subiu em cima de mim e começou a me dar vários beijo pelo corpo.

MK: Porque tu continua periculosa, tá cada dia mais criminosa e eu continuo cada dia mais apaixonado por tu. - olhei nos olhos dela e dei um cheiro longo em seu pescoço - FB era ruim e tu é pior que ele.

Fabiana: A gente se ama tanto quanto ama praticar o crime. - sorriu e deitou em cima de mim - Não chego nem no dedo mindinho do pé dele. Ele ia ser um avô incrível pros nossos filhos e vocês dois juntos ninguém ia aguentar.

MK: Isso é verdade, FB tirava a paz até de Buda. Meu pai se bolava fácil com ele. - sorri lembrando - Te falar aí, amo esse nosso tempo de paz, só nós dois, sem agonia e sem perturbação.

Fabiana ia falar alguma coisa, mas o celular dela tocou e depois que eu vi o nome do nosso filho na tela, eu mudei de ideia.

MK: Só vou ter paz quando eu morrer, papo reto. - murmurei e a Fabiana riu.

Fabiana: Oi PH... Espera filho, fala devagar.. Gabriela tá gritando por quê? CALMA PORRA. - gritou e seus olhos arregalaram.

Eu fiz sinal pra ela me falar o que era e ela fez gesto pra eu calar a boca. Muito mandada mermo, trinta e cinco anos que essa mulher manda em mim. Onde foi que eu errei?

Fabiana: COMO ASSIM PABLO TOMOU UM TIRO? - gritou e saiu de cima de mim quase que num pulo.

MK: Pablo tomou um tiro? - me sentei no sofá, vesti minha bermuda e peguei a camisa que tava no chão.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora