Capítulo 18.

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FLUMINENSE.

Traficante não tem sossego e se for chefe, aí é que não tem mermo. Fui resolver uma pica do Lord lá no batalhão e só pra começar o dia, sem querer atropelei a mina! É isso que eu digo que não dá pra dirigir falando na porra do celular porque só dá caô.

Aí não foi diferente!

Mina ficou de muito quás quás quás, então botei meu número no celular quebrado dela porque eu tinha que compensar o prejuízo dela! Afinal, culpado eu que não olhei e ela que tava distraída também.

Resolvi a pica que tinha que resolvi e voltei pro Juramento no qual eu divido o território e o poder com o Falcão a uns quatro anos.

O Juramento pertencia antigamente ao pai da Imperatriz, depois que ele morreu, o cara que ficou tomou um golpe e assim a família Carvalho se manteve longe do Juramento por algum tempo até o Bigode tomar essa porra pra ele.

Um bom tempo depois com o Bigode já morto, o Juramento virou área de troca troca de facção. Toda semana era papo de guerra e investida mal sucedida do mano lá do São Carlos e o olhão que tava de frente pra Pedreira.

Só parou essa putaria quando eu e o Falcão nos juntamos e botamos a bala pra comer.

Só que o Falcão não quer o cargo de chefe nem por um caminhão carregado de dinheiro, então eu assumi e ele só recebe os lucros da boca já que investiu pesado na guerra.

Lord: Foi bom tu chegar, Falcão quer falar contigo. - brotou do nada com um celular e me entregou.

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Fluminense: Fala Falcão. - entrei na boca.

Falcão: E aí flor da baixada, tô te acionando porque o trem tá solto na pista, liberdade do homem cantou e vai rolar comemoração. - falou todo cheio de risadinha.

Fluminense: Minha presença tá mais que confirmada, Babizinha. - falei convicto e ele riu - Quero só a da boa pra ficar forte.

Falcão: Complexo é uma mãe e tu não mete minha filha no meio da tua gracinha não em. - riu e eu neguei com a cabeça rindo também - Brota que vai ter mais balinha que o aniversário do meu sobrinho.

Fluminense: Precisa nem chamar de novo, vou brotar mermo e falar pra tu eu gosto é das alemã. - me referi as piranhas do Alemão.

Falcão: Vão tá presente também, tá ligado, vou desligar que tem que avisar pro resto dos mano.

Fluminense: Vai fofoqueiro. - gastei ele.

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Fiz as porras que tinha pra fazer por lá, saí da boca e deixei no controle do Diguin e fui pra casa. Bati um prato maneiro que a dona que cuidava da minha casa fez, tomei um banho e fui pro Alemão.

Fluminense: Ialá demorou pra sair, mas quando saiu já fez a boa. - me abracei rapidamente com o PH e cumprimentei a dona dele no respeito.

PH: Minha mulher pô! - abraçou a mesma por trás - Preta rara, chegou lá nos cuzão botando pra foder e soltou o mais gato que é eu mermo. - riu - Ainda trouxe Chapola de brinde! - apontou pra onde o mano tava vindo pra junto de nós.

Chapola: Se brechar no Juramento, Fluminense taca bala. - cantou mandando passinho.

Fluminense: Tá ligado. - ri e cumprimentei ele.

Cumprimentei os irmão presente, com excessão do Corolla que saiu de perto assim que eu cheguei.

Eu e ele nós não tinha rixa, mas ele acha que por ter passado um tempo escondido dentro do Juramento, era direito dele opinar nos meus bagulho. Nem o Falcão se mete na minha gestão pra porra de Corolla se meter? Não fode.

Fiquei lá tranquilão, bebendo e comendo vários bagulho maneiro que tinha. Aí quem que eu vejo chegando com maior tropinha? A mina que eu atropelei sem querer.

Maior morenão, não passa batido dos olhares, cabelo liso batendo além da bunda, tava usando uma babylook do Flamengo e apesar do mal gosto pra torcer ela é gata.

Fluminense: Coisa de maluco. - ri comigo mermo.

Lord: Qual foi, tá doidão rindo sozinho? - me olhou de lado.

Fluminense: Tu sabe qual que é a da mina com a camisa do Flamengo? - dei um gole na bebida.

Lord: Sei muito não, só sei que é neta do MK, PH que toma conta dela. - balancei a cabeça positivamente.

Fluminense: Vou chegar nela. - levantei da cadeira e o Lord segurou meu pulso.

Lord: Tá maluco rapá, mexer com uma dessa aí? - me encarou - Não vai arrumar caô não com uns cara desse em.

Fluminense: Fica tranquilão, tô ligado no que eu tô fazendo. - puxei meu pulso e saí.

Fui na direção da morena que agora estava parcialmente sozinha, estava mexendo no celular de costas pra mim e foi aí que eu aproximei dela.

Fluminense: Não era tu que morava em Olaria? - falei perto do ouvido dela e ela se virou pra mim assustada.

— Você? Que susto, garoto. - botou a mão no coração - Tá fazendo o que aqui?

Fluminense: Eu que te pergunto, tá fazendo o que aqui? Tá longe de casa, não acha não? - dei um risinho - Mentira tem perna curta e no teu caso é tão curta quanto as pernas de um anão.

— Acha mesmo que eu daria meu endereço sem nem saber de que buraco tu saiu? - colocou a mão na cintura. Tava toda cheia de ar de risinho.

Fluminense: Se tivesse perguntado eu tinha dito. - cruzei os braços - Mas aí, vou manter meu papo de sujeito homem, vou comprar outro aparelho pra tu.

— Catorze pro max, roxo, 1tb. - disse me encarando.

Fluminense: Ialá, abusada. Isso é um pedido? - ela negou com a cabeça.

— Uma exigência pelo atropelamento. Eu podia ter me machucado, quebrado uma perna, um braço, um pescoço e até morrido. - gesticulou.

Fluminense: Mas não morreu! Aí, eu cumpro tua exigência com duas condições. - meti essa já na intenção, não vou mentir.

— Que condição? - me encarou séria.

Fluminense: A primeira é saber teu nome e a segunda é tu ir comigo buscar o aparelho. - dei um sorrisinho.

É Deus na defesa e eu no ataque.

Ela riu e na hora que ela ia responder, PH brotou do nada e arrastou ela pra junto de onde a família dele estava. Percebi uma movimentação estranha entre eles e depois ela saiu de perto deles e parou na minha frente.

— Desculpa, meu pai dando um show de ciúme. - riu desconcertada.

Fluminense: Tu é filha do PH? Pensei que ele só tinha o moleque lá. - apontei pro Pablo que estava de conversa com uma pretinha.

— Não, na verdade eu sou filha da irmã dele, mas ela morreu e ele me criou também então é meu pai. - sorriu.

Viajei no sorrisinho da safada.

— Mas só me avisa o dia que nós vamos, eu faço questão de ir! - se aproximou de mim - A propósito, meu nome é Ayla. - sussurrou no meu ouvido e se afastou.

Ela saiu me deixando sozinho e ainda por cima rebolando. Se ela não tiver pacto com o satanás, eu sou padre.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora