Capítulo 94.

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IMPERADOR.

Minha mãe e meu pai protagonizaram uma pequena briga por motivo de ciúme. Só nós sabe o quanto é difícil viver aquele momento de sair da zona de conforto, de ter que tirar nossa família toda daqui e levar pra outro lugar.

A causa era legítima, bastou meu pai saber que o BN estava no hospital e que o ataque era na intenção do Corolla explodir. Claro que ele não pensou duas vezes em comprar essa briga e antes do tio Falcão chegar da casa dele, meu pai foi logo acionar os irmão de Bangu só pra deixar geral ciente do que iria acontecer daqui pra frente.

Falar também que só Deus sabe o quanto foi difícil pro meu pai ter que engolir o orgulho e pedir pro Bravo pra botar a nossa família na parte alta da Rocinha. Principalmente pelo ciúmes que ele tem da minha mãe só porque no passado ela deu uns beijos nele.

Minha mãe já beijou tanta gente, pra que isso agora?!

Tirei a SW4 da garagem, Ayla ia dirigindo e estava só esperando o Corolla subir com a dona Rosana e a Jeniffer que também iam sair do morro. Os +60 já tinham ido, pessoal do tio Falcão também foram os penúltimos a sair do morro.

O certo era ter comprado uma van pra botar todo mundo dentro e ainda arrisca não caber. É muita gente, não tem jeito.

Corolla e Ayla estavam se despedindo enquanto eu arrumava as malas no porta mala, mas perdi a força legal quando minha mãe saiu com a Alana no colo dando um show de surto e meu pai saiu em seguida com a pose de brabo dele.

Me aproximei pra me despedir da minha mãe e ela já estava chorando.

Ayla: O que foi com ela, mãe? - a gente se aproximou pra ver, Alana tava mais vermelha que um pimentão.

Gabriela: Tava dormindo no colo do pai dela, foi só eu aproveitar pra sair do morro que ela entrou em desespero. - falou enquanto balançava a bebê, respirou fundo - Cheia de querer igual você sabe quem.

Corolla: Caraca, parece você Ayla, cheia de querer. - falou pra descontrair.

Ayla: Tadinha, gente. É que ela sabe que o clima não tá favorável, bebê sente as coisas, tá?

PH: Dá ela aqui dá. - esticou a mão pra pegar a Alana.

PH: Chora não, nega de papai, você vai passear e vai ficar de olho na sua mãe pra mim. - falou baixinho pra ela e ficou andando de um lado pro outro - Quando o Bravo chegar perto da sua mãe, aí você chora, mas chora com vontade. - disse baixinho no ouvido da Alana, mas a gente ouviu e riu.

Gabriela: Vê se cresce, Paulo Henrique. - o repreendeu.

PH: Pode chorar a vontade, quando isso acabar, papai vai pessoalmente buscar você, tá bom minha nega? - falou calmo e ela parecia entender ele porque o choro foi cessando.

Imperador: Eu não tô acreditando nisso não, bem que minha avó avisou antes de sair que daqui pra frente eu ia ver coisa. - dei risada.

PH: Isso aí, ela é a minha fechamento. - sorriu de lado e beijou o topo de sua cabeça.

Gabriela: Você se cuida, meu filho! Por favor, não vou aguentar perder você, tá me entendendo? - alisou meu rosto e me abraçou - Que Deus acompanhe e que nada de mal caia sobre vocês. - olhou pra gente.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora