Capítulo 49.

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AYLA.

— DÁ TCHAU PRO TREM, DÁ OI PRA GENTE. - um cara armado cantou debochado e alvejou o corpo do Corolla de tiro na minha frente.

Ayla: NÃO. - gritei e dei um pulo na cama bem assustada.

Tinha sido um pesadelo.

Fluminense: Qual foi, Ayla? - deu um pulo e sentou na cama, me olhando todo preocupado.

Ayla: Tive um sonho ruim, só isso. - passei a mão no peito.

Fluminense: Vou buscar água pra tu. - disse na hora em que ia se levantar.

Ayla: NÃO. - gritei e segurei em seu braço - Não me deixa sozinha, pelo amor de Deus.

Fluminense: Então deita aqui comigo, mal nenhum vai te acontecer. - ele voltou a deitar e me puxou pra deitar tipo conchinha.

Ayla: Desculpa, acordei você. - me encolhi.

Fluminense: Acontece, pô. - fez carinho no meu cabelo - Quer falar sobre esse pesadelo aí?

Ayla: Besteira minha, não se preocupa não. - falei baixinho.

Se eu falar que agora eu não estava preocupada com o Corolla, eu estaria mentindo e mentalmente eu estava orando pra tudo quanto é santo pra aquela peste não estar aprontando nada.

Olhei a hora, já passava das quatro e doze da manhã e quem disse que eu consegui dormir? 

Porra, Guilherme.

[...]

Levantei da cama e fui pro banheiro, tomei um banho, troquei de roupa e voltei pro quarto.

Fluminense dormia igual pedra, mas também não julgo porque ele ainda estava cansado da viagem e tinha bebido pra caralho.

Peguei meu celular, saí do quarto e resolvi ligar pro pomposo, no terceiro toque ele resolveu atender.

📲 Corolla

Corolla: Oi. - berrou e eu ouvi barulho de tiro no fundo da ligação.

Ayla: Garoto, me diz que tu não tá aprontando. - quase gritei.

Corolla: Depende do que tu chama de aprontar. - falou com tom de deboche - Relaxa a bucetinha, tô suave.

Ayla: E esse barulho de tiro aí?

Corolla: Filminho, pô, tô no Alemão. - deu uma pausa - Mas isso é hora de me ligar? Ilhabela deve tá uma merda em. - deu risada.

Ayla: Pro seu governo não tá, acabei de foder gostoso com um negão que eu conheci aqui. - falei segurando o riso e ouvi ele bufando do outro lado da linha.

Dava tudo pra ver a carinha dele.

Corolla: Então o cara te comeu errado pra caralho. Tu terminou de dar a buceta e tá ligando pra mim? - riu - Saudade da pegada do papai aqui tá grandona, tá não?

Ayla: Vai pra merda, tu não é isso tudo. - fiz careta.

Corolla: Não é isso que teu corpo fala quando a gente tá sozinho.

Ayla: Me erra!

Corolla: Quer que eu vá te buscar? Nós vai lá pra casa, passa o resto do fim de semana e te devolvo pro teu pai na segunda feira. - falou com aquela voz de sacana que eu perco tudo.

Ayla: Até parece que tu vai sair daí pra vim aqui.

Corolla: Tu não me conhece não? Não me custa entrar no carro e chegar aí não.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora