Capítulo 04.

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PH.

Dois anos e meio vendo o tempo passar atrás das grade e tendo que agir contra mim mermo. Minha mãe foi presa e eu confesso que fiquei baqueadão, piradão mermo ao ponto de meter o louco no Rio. Executei quem tinha que executar e vim parar nesse lugar de maluco.

Fui muito criticado pela família, pelos amigos quando eu dei entrada no divórcio, mas não pedi porque deixei de amar a Gabriela ou porque eu tinha outra mulher como ela insinuou na minha cara várias vezes e eu fiz questão de não negar pra ver se ela assinava de uma vez e me deixava de lado.

Quando eu saí do batalhão e cheguei no presídio, eu não fui recebido da melhor maneira possível. E o que me levou a querer deixar Gabriela livre contra a minha vontade foi o fato de me ameaçarem, mas não era uma ameaça de morte direcionada pra mim e sim ameaçaram a vida da Gabriela e a vida do meu filho.

Eu preso, minha mãe presa, várias pica no morro, papo de crise no Alemão, meu irmão lá pro lado do Paraguai e eu ia confiar em quem? Então a melhor forma de manter ela protegida é ela deixando de ter vínculo a mim.

Eu não tô lidando com uma carga de droga ou arma, tô lidando com a vida da minha mulher e do meu filho. Eu me separei, mas eu pago gente pra vigiar os passos dela e ninguém sabe, nem meu próprio filho. Isso até eu matar quem ficou no lugar do Alex.

Isso mermo, o pau no cu que andava com o Túlio! Virou esquema de cobra comendo cobra. Túlio mexeu com a Gabi, eu matei, Alex entregou a cabeça da minha mãe por causa dele e eu matei ele também porque não tem papo pra perdão quando o assunto é X9.

Isso não me impede de ter saudades dela, do meu moleque que por sinal tá metendo o louco e tá na hora de dar um freio nele também.

Tava de bobeira e sozinho na cela. Ser chefe tem lá suas vantagens e uma delas é ter celular descartável.

Liguei pra Gabriela no número corporativo, três toque ela atendeu, gosto assim.

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Gabriela: Alô?

PH: Doutora Gabriela Falconi? - falei sorridente.

Eu me divorciei, mas ela mantinha meu sobrenome no nome dela porque era consideração pelo meu pai.

Gabriela: Que que é PH? - bufou do outro lado da linha - Não satisfeito com a merda que falou pra mim de manhã, ligou pra encher o saco de novo?

PH: Tô ligando porque eu quero conversar contigo, da melhor forma pra nós dois se entender porque nós tem que botar Pablo na linha. - falei sério.

Gabriela: Finalmente alguma notícia boa. - riu - E o todo poderoso vai fazer o que sobre?

PH: Primeiro tu vai brotar aqui pra me ver e não é dia de semana não, é no domingo mermo. - ela gargalhou na ironia.

Gabriela: Aí tu caiu da cama e acordou? Não tenho obrigação contigo não PH, tu não manda em mim e domingo é a visita da minha mãe! Nem fodendo que eu vou deixar de ir ver ela pra ir te ver. - disse boladona.

Que saudade.

PH: Tu vai vim porque eu tô te pedindo na humildade e em nome do que a gente viveu. - falei manso - A mãe vai entender quando souber. Tu não quer resolver o problema do Pablo? Então, brota aqui e nós resolve da melhor forma.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora