Capítulo 93.

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MAÍSA.

Parece que o mundo havia desabado sobre a minha cabeça quando eu recebi a notícia que o Breno tinha ido parar no hospital depois de uma explosão no carro do Corolla. Se me perguntar o que ele estava fazendo no shopping com o carro alheio, eu não sei responder. Ele passou a noite comigo como de costume, mas saiu cedo e agora tá numa UTI lutando pra viver.

Os meus sogros foram liberados pra vê-lo, eu fiquei na sala de espera, completamente desesperada e me sentindo sem chão. Ayla me abraçou e me falava que tudo iria terminar bem, mas eu não vejo nada terminando bem se o meu amor não reagir.

Thainá: Meu amor? - se aproximou de mim - Vai lá ver ele de pertinho, eu sei o quanto você tá sofrendo, mas a gente tem que ser forte e unir nossas forças né? Vai dar tudo certo. - me abraçou forte e beijou minha testa.

Maísa: Eu tô tentando tia, tá doendo tanto. - foi só o que eu consegui falar pra ela.

Filipe: Ele não vai entender legal tu nesse estado aí, ele tá só dormindo, logo menos tá acordando e bagunçando com geral. - me olhou e acariciou meu cabelo.

Maísa: Ele vai voltar tio, eu sei que vai. - me soltei da minha sogra e o abracei forte.

A tia Karina apareceu depois me chamando com a mão, estava chorosa também e ela nem precisou tirar a máscara de seu rosto pra saber que ela também estava arrasada.

Fui com ela até uma sala onde passei por um processo de esterilização e em seguida fui pra onde o Breno estava e eu chorei mais ainda quando vi ele entubado, de olhos fechados, alguns machucados em sua bochecha, fora hematomas espalhados por seus braços, sua boca não tinha mais aquela coloração viva, mas ainda sim ele continuava lindo e olhar pra ele assim me esmagava o coração.

Me aproximei dele e encostei minha testa na dele.

Maísa: Ainda ontem você estava deitado comigo lá em casa, fazendo planos pro seu futuro, pro nosso futuro e até escolhendo nomes pros nossos filhos que ainda nem temos. - acariciei o rosto dele - Você me prometeu que ia ficar comigo pra sempre, que ia cuidar de mim, que nós dois seríamos um só, que nós dois seríamos muito mais que amantes, namorados e eu te peço, por nosso amor, por nós, por mim, reage! - respirei fundo e deixei as lágrimas caírem - Volta pra mim, Breno, eu não sei viver sem você do meu lado meu loirinho falsificado. Eu te amo tanto. - acariciei seus cabelos.

Infelizmente ele se mantinha imóvel, entrelacei minha mão na dele e dei um beijo na mesma.

Karina: Eu já passei por cada aperto como enfermeira, eu já vi seus avós entre a vida e a morte, quase perdi meu marido tantas vezes, entre idas e vindas nas salas de cirurgia, já vivi processos de luto que o médico empurra essa responsabilidade de informar a morte do paciente aos familiares e nenhuma delas foi tão dolorosa quanto ver ele assim. - parou do outro lado e acariciou o rosto dele - Tem quem diga que eu ame o Breno diferente do amor que eu tenho pelos outros netos que eu tenho, sabe? Mas o que ninguém entende é que eu não queria que a Thainá fosse mãe tão nova. Ela e o Filipe eram novos demais, tinham experiências ainda pra viver, mas nunca é como a gente quer. Eu não queria não, mas depois quando eu vi a barriguinha crescendo foi surreal, o Bruno demorou pra aceitar também, só deu o braço a torcer quando o Breninho nasceu e ele chegou dando um sentido novo pra gente.

Maísa: Ele sempre foi tão lindo por dentro e por fora, minha foto de infância favorita é justamente uma que eu tenho com ele. Eu acho que muito antes da gente pensar em ficar, ele já era o meu amor e vai saber se não foi de outras vidas e será das próximas também.. Eu acredito que ele vá acordar, é só umas férias de nós, não é amor? - acariciei seu cabelo.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora