Capítulo 62.

1.4K 160 25
                                    

IMPERADOR.

O dia estava nublado, eu saí cedo de casa porque meu avô inventou de levar eu e o Breno pro Sereno.

O treinamento de hoje era pra valer lá e rolou uma movimentação porque a minha missão era invadir o Morro da Fé e matar o frente de lá que estava começando a dar problemas pro meu avô.

Meu pai não foi pra acompanhar, além dele ir levar minha mãe na consulta, ele praticamente cuspiu na minha cara falando que eu não tenho experiência o suficiente pra dar conta de uma invasão e que eu não daria.

Ele só se esqueceu de um pequeno detalhe: Meu nome é Pablo Falconi.

Então eu estava dentro do carro do coroa, já tinha pra mais de trinta bico

MK: O bagulho é o seguinte, moleque, se tu matar o Diguin, o Morro da Fé é teu. - falou me olhando sério e eu de cara não acreditei.

Imperador: Papo reto, vô? - BN olhou surpreso também.

MK: Tu já viu teu avô ter papo torto? - neguei com a cabeça - Isso aqui pertenceu ao teu bisavô, pai da pretinha e anos depois pertenceu ao maldito do teu avô que fez o favor de morrer, mas antes dele me dar essa alegria de jogar terra na cara dele, ele deixou uma dívida no meu nome e eu tive que pagar essa conta e quando eu consegui provar que eu nunca tive conhecimento da dívida, herdei Sereno, Caixa d'Agua e consequentemente o Morro da Fé de brinde.

Ele falava no meu avô materno com um ódio mortal. Engraçado que ele passou a pica na viúva e acha bonito. Gostou tanto que até hoje é casado e ela é minha vó.

Imperador: Quanto ódio no coração, meu velho. - sorri e ele revirou os olhos.

MK: Espero não me arrepender. - me encarou totalmente sério.

Imperador: Se depender de mim não vai. - falei mais sério ainda e meu avô concordou.

MK: Só me faça o favor de não morrer. - disse como se fosse óbvio - Que Deus esteja contigo.

Imperador: Amém. - beijei a mão dele.

BN desceu do carro primeiro e antes que eu descesse, resolvi fazer uma promessa pra ele.

Imperador: Ô vô, antes de ir, vou passar a visão pro senhor.

MK: Qual foi? Tá se arrependendo já? - me encarou olho no olho.

Imperador: Não, outra parada aí. - dei uma pausa - Se um dia eu formar família, tiver pá, mulher, filho, cachorro, até um macaco quem sabe, o senhor fica sabendo que se eu tiver um molequin, ele vai se chamar Murilo, igual o senhor. Se eu não voltar, o senhor já sabe que a minha vontade existiu.

O olho do coroa encheu, mas ele soltou não. Conheço ali já, bruto a vida toda.

MK: Do jeito que tu anda fodendo por aí, tu vai ter pelo menos uns quinze. - falou dando risada.

Imperador: Doze é o suficiente, o senhor teve seis. - beijei o rosto dele e ele me empurrou.

MK: Sai moleque! Se adianta e prova pro teu pai que ele não foi o único a ser esperto. - piscou pra mim e eu sorri.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora