Capítulo 120.

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RARO.

O dia que eu tanto tava esperando chegou, dia de voltar pra casa e seguir de melhor forma. Filho da puta do Astronauta vai se arrepender de ter botado os pés dentro do PU, irmão.

Bárbara passou o dia inteiro de marcação serrada no meu pé, literalmente. Naquele dia eu tinha deixado de ser segurança dela e voltado a ser chefe, mas se nego pensou que com isso Babi ia dar sossego pra mim, estavam enganados.

Tudo porque a Babi ficou sabendo pelo Falcão que ia rolar operação lá no PU, então ela viu brecha pra invadir. A princípio bati o pé falando que era suicídio, mas ela foi logo metendo: "Tu não é homem não, tu? Tá com medo de cu azul, então virou traficante por quê?"

Aí confesso que levei essas palavras pro coração e pra mente.

Saímos no maior bondão lá pra Maré antes dos cu azul chegar e aí o bagulho ficou de verdade. Falcão puxou bonde pra um lado, eu fui pelo outro e a Babi entrou no morro com o pai dela por motivo de segurança.

Botei a bala pra voar, parceiro. Astronauta não tava pra brincadeira também não, mas se esqueceu que uma vez rei, sempre majestade e isso aqui é meu. Ele veio da VJ pra cá, mas se depender de mim, ele volta pra lá, mas é picotado e de cara torta.

Batoré: TROPA DO RARIDADE, CONTINUAÇÃO DO MARCELINHO, FILHO DA PUTA, TENTA NÃO. - gritou.

Os faixa preta tão passando caralho, tem que respeitar mesmo.

— BOTA A CARA, RARO, SEU ARROMBADO. - o outro gritava do outro lado.

E advinha só? Brotei cumpade, pipoquei o maluco fácil só pra não contrariar. Ajeitei o fuzil e fui avançando, a essa altura os cu azul já tinha entrado e agora era bala pra caralho.

Quem tava na minha frente ia pra vala sem choradeira, os moleque que tava me acompanhando o sobrenome era disposição e eu só via era o barulho das granada.

NT: E aí cachorro, bem vindo de volta pra casa, sabia que tu ia brotar. - fez um toque comigo.

Raro: Tava mais do que na hora de voltar pra casa, aí, tu fez o que eu te mandei direitinho?

NT: Tá tudo no esquema, do jeito que tu pediu!

Raro: Então bora derrubar esses filha da puta, quero ver três cu com tiro no cu. - falei convicto - A ordem é meter bala sem dó.

Três horinha depois, nós tinha dominado o PU, quem tava do lado do Astronauta foi de ralo e o desgraçado ainda tava dentro da comunidade. Do alto da laje vi Babi correndo escoltada com dois, segui ela de cima da laje e pulei no beco que ela entrou.

Bárbara: Que susto, viado! Já ia tomar na cara a toa. - botou a mão no peito, toda ofegante.

Raro: Bandida se assustando de graça? Tá devendo? - soltei um risinho.

Bárbara: Pra filha da puta nenhum! Mas aí, tava te procurando mesmo. - parou na minha frente - Teu alvo tá entocado dentro de casa de morador, pode acionar os teus porque nós vamo entrar casa por casa.

Raro: O poste agora mija no cachorro? - levantei a sobrancelha e ela foi me empurrando pra trás.

Bárbara: Não sei se o poste tá mijando no cachorro, mas eu quero terminar o que eu comecei! - foi ficando mais perto de mim - Não era teu império que tu queria de volta?

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora