Capítulo 34.

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DAVI.

Tem ditado que nego fala que quando tu casa, tu casa com a mulher e com a família da tua mulher. Acho válido porque eu me casei com a Érica e automaticamente casei com a família dela, na qual me tratam muito bem, minha sogra, dona Jane me trata que nem Deus quando eu chego na casa dela e por sinal ela mora no Alemão também.

Já a Érica casou comigo, mas quer separar da minha família e me obrigar a fazer o mesmo. Só se eu estivesse muito doido ou fosse muito escravo de buceta pra fazer essa troca que na minha visão não vale a pena.

Aí vem vocês com "Ah, mas sogros não são parente!" "Família é só você, a sua mulher e o seu filho" e pode ir tudo tomar no cu quem pensa assim. Continuam sendo minha família, independente de qualquer coisa.

A Érica tem o lugar de importância dela como minha esposa, mas os meus pais têm a importância deles também e eu não vou virar as costas pra eles dois nunca. Meu filho também tem que ter a oportunidade de convívio com eles tanto quanto os meus sobrinhos tiveram e ainda tem.

Aí ela já não gosta da minha mãe por ela ser quem é, já não gosta do Alemão e eu nem sei porquê, mas aí já bota a culpa em cima da Thaíssa, amiga da Ayla. Reclama que eu chamo a Patrícia de musa, a parceiro, nem meu irmão bola com essas parada. Agora pronto, não posso cumprimentar ninguém mais porque tão jogando na minha cara.

Comigo não tem esse bagulho não, falo com todo mundo mesmo, dou risada, tiro onda igual porque eu sempre fui assim e não vejo problema nisso. Papel de antissocial ficou pro Fabinho e nem ele é mais assim porque a Larissa é uma doida de pedra e fez ele mudar.

Já aprontei pra caralho na vida, não sou santo e nem nunca fui. Mas a partir do momento que eu botei na cabeça que eu não quero, eu simplesmente parei de aprontar e nunca deixei que faltasse algo pra ela ou as coisas em casa.

Fui errado? Várias vezes! Minha mãe passou a mão na minha cabeça? Não, se ela pudesse saía do presídio pra me comer na porrada.

Patrícia: Chegou a coisa mais linda dessa família! - falou vindo na minha direção - E eu tô falando do Fernandinho.

Davi: Pô, por um minuto achei que era eu, musa! - brinquei e ela pegou meu filho no colo.

Falcão: Se iludiu à toa né, malandro? - brotou com um copo Stanley em sua mão - E aí irmão, tranquilo? - fez um toque comigo e riu.

Davi: Eu sou lindo, já tu não posso falar a mesma coisa. - abracei ele de lado - Cadê minha mãe?

Falcão: A tua eu não sei, tu sabe que tu é adotado né? Mas a minha mãe tá ali ó. - apontou pra minha velha e eu mostrei o dedo do meio pra ele.

Dona Fabiana estava toda arrumada brincando com o filho da Luara que estava no colo da tia Diana.

Só que ela estava de costas e não viu a gente chegando, meu pai que vinha da churrasqueira abraçou ela pela cintura, deu uns beijo nela e a virou por completo até ela me ver.

Davi: Que nojo em, dona Fabiana. - gastei ela.

MK: Dá outro aqui preta, só pra ele parar com o abuso. - meu pai falou e virou o rosto dela pra ele. Eles se olharam, sorriram um pro outro e saiu outro selinho demorado.

Geral bateu palma né, inclusive eu que era muito fã deles dois.

Ayla: O Brasil que eu quero é um casamento desse! - gritou passando com um saco de gelo.

Corolla: Chata desse jeito? Garota se tu subir no altar um dia, nós vai ter que construir uma arca porque vai chover pra caralho. - rebateu muito sagaz.

Ayla: É e o primeiro animal que nós vai botar lá é tu mesmo, jumento. - rebateu.

Davi: Tô achando que vai rolar casamento, mas é vocês dois mermo. - gargalhei e os dois se benzeram.

MK: Pretinha não podia me ver que passava mal de ódio, ó onde que nós tá. - meu pai falou todo cheio de orgulho.

Fabiana: Era eu que não podia me ver né? - ela riu - Shortinho da bad boy deixava esse daí louco. Tinha dia que ele tava quieto, era só me ver e dava um fogo no cu pra me perturbar.

O sorriso dela foi de orelha a orelha, como que não ama essa mulher? É impossível.

Davi: Ajoelha, fecha os olhos e começa sua oração, Fabiana Imperatriz é a chefe e não trabalha com perdão... - comecei a cantar pra gastar com ela mesmo.

Fabiana: Vem cá amor da mamãe. - veio na minha direção e me abraçou forte - Que saudade de você, meu vidinha.

Davi: Saudade da senhora também, minha hulkinha. - enchi ela de beijo e muito cheiro porque ela ama quando a gente enche ela de cheiro.

Gabriela: Chegou o princeso da mãe, agora ela não solta mais. - falou pra implicar e eu me mantive agarrado na minha mãe.

Davi: Se fecha recalcada. - fiz beijinho no ombro pra ela.

PH: Tá por fora, o princeso da mãe tá na final do Inglês. - falou - Ouvi falar que ele tá na concentração, mãe.

Fabiana: Que horas é o jogo? - minha mãe arregalou o olho preocupada, coitada.

Davi: Ás quatro da tarde, mãe. - falei alisando os cabelos dela - Fica sossegada, Fabinho vai destruir tudo.

Fabiana: Tenho nem psicológico pra isso, quatro anos sem ver meu filho, coração até aperta sabe? - se emocionou.

Davi: Quatro anos, mas pera lá, tá a mesma coisa que eu. - brinquei - Tá olhando pra ele e pra mim ao mesmo tempo.

Falcão: Ah mais o Fabinho é o tranquilidade dela, é o buda. - riu.

Fabiana: Eu amo muito vocês e vocês sabem! A conta ainda não tá batendo porque falta um. Só que, não tem coisa melhor que os meus netos, sai. - minha mãe me soltou e foi em direção ao Fernando que tava no colo da Patrícia.

Fabiana: Esse é o meu netinho? - a coroa se emocionou de novo e eu sorri concordando - Como ele é lindo, gente. - sorriu toda boba - É o príncipe da vovó.

Fernando olhava pra minha mãe e sorria, balbuciava vovó e ela dando todo aquele carinho especial. Parecia um reencontro, parecia que meu filho conhecia a minha mãe a vida toda e era a primeira vez que eles se viam.

Eu não troco esse momento nem por um caminhão bitrem carregado de ouro e nem por mulher nenhuma.

DO JEITO QUE A VIDA QUER 3.Onde histórias criam vida. Descubra agora