𝐂𝐡𝐚𝐫𝐥𝐨𝐭𝐭𝐞
No café da manhã do dia seguinte, todos estávamos no salão principal. Era dia de correspondência, o que significa que eu teria que ver todo mundo recebendo cartas, presentes e doces. A coruja de Malfoy estava lhe trazendo de casa pacotes de doces, que ele abriu fazendo farol na mesa da Slytherin.
Quando vi que Harry e os outros haviam se sentado na mesa deles, resolvi caminhar até lá para lhes dar bom dia. Estava animada porque teríamos aula de voo naquele dia juntos. Então, me aproximei de Harry, colocando minhas mãos em seus olhos.
— Adivinha quem é? - falei, engrossando a voz.
— Hmm... Não sei... - disse Harry, sorrindo. - Seria a rainha da Inglaterra?!
Eu ri, me sentando ao lado dele e de Ronald Weasley.
— Seu chato... Não sabe brincar!
— Oi, Charlotte! - Rony disse.
— Bom dia pra vocês! Estão animados para nossa primeira aula de voo?
— Eu não estou. - respondeu Harry, parecendo desanimado.
— Mas por quê?
— Sabe... Eu não estou animado para fazer papel de palhaço montado numa vassoura na frente do Malfoy.
— Você não sabe se vai fazer papel de palhaço... - disse Rony. - Em todo o caso, sei que Draco vive falando que é bom em quadribol, mas aposto que é conversa fiada.
Fiquei em silêncio. Eu sabia que apesar de exagerar muito ao contar suas histórias, Draco realmente sabia jogar quadribol. Quando fez nove anos, ele ganhou uma vassoura de brinquedo da mãe, a senhora Narcissa, e desde então um de seus passatempos favoritos era me perseguir voando nela. E mesmo odiando quando o Draco fazia aquilo, sempre fora meu sonho jogar quadribol. Eu também era muito fã dos Ballycastle Bats, e até tinha alguns pôsteres deles. Vez ou outra eu pegava a vassoura de brinquedo escondido para praticar um pouco. Por isso, eu estava muito animada.
— Bom, é uma pena... - eu disse. - Pois saibam que eu nem dormi direito! Não conseguia conter minha ansiedade!
Repentinamente, uma coruja trouxe para Neville um pacotinho de sua avó. Ele o abriu e mostrou a todos o que parecia ser uma bolinha de vidro do tamanho de uma bola de gude grande, cheia de fumaça branca.
— É um Lembrol! - explicou ele. - Vovó sabe que sou esquecido. Isto serve para avisar que a gente esqueceu de fazer alguma coisa. Olhe, aperte assim e ele fica vermelho, ah... - E ficou sem graça, porque o Lembrol de repente emitiu uma luz vermelha. - Você esqueceu alguma coisa...
𝐃𝐫𝐚𝐜𝐨
No dia seguinte, pensei que fosse o momento perfeito para tirar a paz daqueles dois sangues-ruins. Estávamos na mesa de slytherin quando o correio coruja chegou, deixando sobre nossas mesas os nossos pacotes. Tudo parecia estar tranquilo, até que Charlotte se levantou e caminhou até a mesa de gryffindor, onde se sentou ao lado de Potter.
— Veja, Draco! - disse Crabbe, me cutucando. - O idiota do Longbottom parece ter recebido alguma coisa da avó dele.
— Sério?
— É... - disse Goyle. - Eu vi quando a coruja dele deixou o pacote na mesa.
— Bom... - eu falei, me levantando. - Por que não vamos até a mesa deles dar uma olhada?
Eles sorriram de forma maldosa para mim, e logo também se levantaram da mesa, indo comigo até a mesa de gryffindor. Passamos então por eles, e enquanto Neville Longbottom parecia avoado, arranquei com força o pacote de sua mão.
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Prometidos - Draco Malfoy Fanfic [REWRITED]
FanfictionUma menina ambiciosa. Um menino arrogante. E para completar, um casamento arranjado sob Voto Perpétuo. ━━━━━━━━━ ◆ ━━━━━━━━━ Charlotte Snape, filha de Severus Snape, vivia sua vida normalmente até completar seus 11 anos, quando iria entrar para a es...