𝐂𝐡𝐚𝐫𝐥𝐨𝐭𝐭𝐞
Precisei de um tempo para me recompor, e a família Weasley ficou ao meu lado para me consolar. Foi quando Harry veio ao nosso encontro, correndo e parecendo desesperado. Me ergui de onde estava deitada.
— Charlotte... – disse ele, ofegante. – Você precisa ver uma coisa!
— Como assim, Harry? O que houve?
— É difícil de explicar. Só me escuta! É sério...
— T... Tudo bem, então.
Harry agarrou meu pulso, enquanto me puxava escada acima junto consigo. Fomos até a antiga sala de Dumbledore, onde Harry apanhou um pequeno frasco sobre a escrivaninha do diretor. Dentro dele, havia uma coisa que eu não fazia a menor ideia do que poderia ser.
— Seu pai me deixou uma mensagem importante... – disse ele, mostrando outro frasco, o de Hermione. – Mas também deixou outra coisa. Desta vez, é especificamente para você. Está aqui dentro...
Ele me entregou o objeto, enquanto eu permanecia confusa.
— Mas o que eu devo fazer?
— Jogue estas lágrimas dentro da penseira. – ele respondeu, apontando para o que parecia ser uma pia. – Desta forma, você poderá ver as lembranças do Snape...
Sem mais opções, e sentindo bastante curiosidade para saber o que meu pai queria que eu soubesse, fiz exatamente como Harry pediu.
— Agora...?
— Agora mergulhe o rosto. – disse ele.
E, por fim, foi o que fiz.
Jamais imaginei que pudesse haver mais segredos do que já havia descoberto, mas eu estava enganada. Observando as memórias de Snape, eu tive acesso a absolutamente tudo, desde o dia em que eu nasci. Quando Bellatrix deu a luz a mim, ela estava decidida a me matar. Porém, quando Snape descobriu isso, ele implorou para que ela e Rodolfo Lestrange me entregassem a ele, poupando a minha vida. E, com o tempo, Snape acabou criando um laço afetivo comigo.
Ao mesmo tempo, ele tinha uma tarefa. Depois que Harry nasceu, e que Voldemort matou seus pais, Dumbledore e ele fizeram um acordo. Ele faria qualquer coisa para protegê-lo, mesmo que isso custasse sua própria vida. Snape estava trabalhando como espião de Dumbledore desde o início, e ambos planejaram a morte do diretor.
Meu pai tinha sim um passado como comensal, do qual ele se arrependia profundamente. E, diferente do que eu pensava, ele não estava ao lado de Voldemort. Estava trabalhando para destruí-lo, assim como nós. Ele não era o vilão, mas com toda a certeza era o meu herói.
O baque não foi forte só para mim, como também para Harry, que descobriu que meu pai estava o protegendo durante todos esses anos, enquanto todos pensavam que ele era mau. E o pior de tudo era saber que Harry precisaria morrer para que Voldemort finalmente fosse derrotado, pois descobrimos que ele era a última hórcrux. Como se já não bastasse perder meu pai, também teria que perder o meu melhor amigo.
Depois de sair da penseira, corri para os braços de Harry, o apertando em um abraço. Não conseguia acreditar que teríamos que passar por isso, principalmente ele. Harry não merecia toda aquela situação, e definitivamente não merecia servir de bode expiatório. Eu o amava muito, e não estava preparada para perdê-lo.
— Sabe que não precisa aceitar isso... – eu disse, chorando.
— Não tenho outra escolha. Você sabe.
— Não! – eu o segurei com mais força. – Eu não posso te perder...
— Por favor, não torne isso mais difícil.
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Prometidos - Draco Malfoy Fanfic [REWRITED]
FanfictionUma menina ambiciosa. Um menino arrogante. E para completar, um casamento arranjado sob Voto Perpétuo. ━━━━━━━━━ ◆ ━━━━━━━━━ Charlotte Snape, filha de Severus Snape, vivia sua vida normalmente até completar seus 11 anos, quando iria entrar para a es...