Prometidos - Draco Malfoy Fanfic [REWRITED]

87 ❧ O Começo do Fim

𝐂𝐡𝐚𝐫𝐥𝐨𝐭𝐭𝐞

Segurei na mão de Draco, correndo junto com ele de volta para o local. Todos nas arquibancadas gritavam e comemoravam de pé o retorno de Cedric e Harry. Mas algo não parecia certo. E o que eu não esperava era que não havia motivo algum para comemorar.

— Aonde você vai? - Draco me perguntou.

— Preciso ver mais de perto...

Corri por entre as pessoas, as afastando para abrir caminho até os meninos no meio da arena. Quando percebi o que havia acontecido, os meus joelhos simplesmente cederam.

— NÃOOO!

Gritei aos prantos, levando minhas duas mãos a boca, assim que vi Harry debruçado e chorando sobre o corpo morto de Cedric. 

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Eu não consegui dormir nem por um segundo depois do que aconteceu. Ninguém podia prever que uma coisa do tipo podia acontecer. Era uma tragédia sem tamanho.

Quando Harry esclareceu tudo, as coisas pareciam ficar cada vez piores. Aparentemente, era Voldemort quem havia matado Cedric. Eu nunca pensei que uma pessoa que eu conhecia seria assassinada por Voldemort, principalmente alguém tão talentoso e inteligente como Cedric. E ficava ainda pior quando eu me lembrava que Harry esteve novamente frente a frente com seu maior inimigo.

No dia seguinte, fizemos um enterro digno para Cedric. Todos estavam péssimos, como se mal pudessem acreditar no que aconteceu. Os amigos de Cedric estavam arrasados, chorando alto e soluçando. Eu, ao lado de Draco, apenas olhava para a ponta dos meus sapatos, implorando para que tudo aquilo não passasse de um terrível pesadelo.

— Hoje temos que admitir... Uma perda realmente grande! - Dumbledore faz seu discurso, como sempre. - Cedric Diggory eram, como todos sabem, excepcionalmente esforçado, infinitamente justo e o mais importante, um amigo muito leal!

Draco segurou a minha mão, e eu a apertei, tentando não chorar novamente. Já estava exausta de tantas lágrimas idiotas.

— E por isso, acho que todos tem o direito de saber como este jovem morreu... Cedric Diggory foi assassinado pelo Lorde Voldemort! O ministério da magia não queria que eu lhes contasse, mas não dizer isso seria um insulto a sua memória! A dor que todos sentimos por esta terrível perda me faz lembrar que embora venhamos de lugares diferentes e falemos línguas diferentes, nossos corações batem como um só. A luz dos recentes acontecimentos, os vínculos de amizade que fizemos este ano serão mais importantes do que nunca! Lembrem-se disso! E Cedric não terá morrido em vão. Iremos honrar o rapaz que foi gentil, honesto, corajoso e leal até o último momento.

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Depois que saímos do grande salão era como se uma nuvem escura estivesse rodeando a minha cabeça. Eu me sentia profundamente deprimida, não apenas pela perda de Cedric, mas também pelo que aquilo significava. A morte dele, para mim, só mostrava que não haviam esperanças para nós, e o quanto Voldemort era frio e cruel. 

— Charlotte... - disse Draco, segurando minha mão. - Eu sinto muito. Sei que vocês eram amigos...

— Isso... É tão injusto! - falei, tentando conter as lágrimas. - Ele não deveria ter morrido... Dumbledore deveria ter protegido a escola... Devia ter impedido tudo isso...

— Papai, no fim das contas, estava certo... Ele não serve para nada! Apenas para fazer discursos bonitos.

— Nossos pais previram que isso aconteceria. - eu disse. - Por mais que eu tente negar, Dumbledore não pode nos proteger! 

— O que vamos fazer agora? 

— Ele voltou, Draco... 

— Acha mesmo?

— Eu sei disso! Eu confio no que Harry disse, e tenho certeza de que foi Você-sabe-quem que o matou.

De repente, enquanto caminhávamos, percebi que Harry e os outros estavam logo a nossa frente. Não falava com ele desde a noite anterior, e precisava saber se ele estava melhor.

— Preciso falar com ele. - falei a Draco. - Você entende, não é?

— Eu... Eu acho que sim.

— Não se preocupa. Eu volto logo.

Soltei a mão de Draco, me juntando ao trio que conversava. Harry me abraçou com força, e eu senti que as lágrimas voltariam a descer. 

— Eu nem posso acreditar em tudo o que aconteceu. - ele comentou, claramente abalado. 

— Fico tão feliz que você esteja bem, Harry... Óbvio que estou péssima com o que aconteceu com... Bem, você me entendeu.

—  Vai ser difícil engolir tudo que passamos esse ano. - Hermione disse.

Eu encarei Hermione, que pareceu entender o que eu queria lhe dizer. Ela chamou Ronald para longe, para que eu e Harry pudéssemos conversar sozinhos.

— Eu confio em você, Harry. - falei. - Me diga... Ele... Realmente voltou?

— Eu sinto muito, Lotte... Mas, sim. Voldemort está de volta.

— Então... Você sabe o que isso significa...

— Sei... Eu não tirei isso da minha cabeça a noite inteira. - ele falou, preocupado. - Vocês... Precisam mesmo concluir o voto, não é?

— Eu não tenho escolha, Harry... Você sabe que não.

— Infelizmente, eu sei.

— Eu... Não sei como as coisas serão a partir de agora, Harry... E estou com medo. De verdade.

— Não se preocupa, Lotte! - ele disse, colocando a mão no meu ombro. - Eu te conheço... Sei que você vai passar por tudo isso. É muito mais forte do que eu.

— Ah... - eu ri. - Claro que sou...

— Estou falando sério. Se você aguenta o Malfoy, aguenta qualquer parada.

-— Valeu... Eu... Vou sentir a sua falta durante as férias, Harry... Tipo, mesmo. 

— Você vai me escrever, não vai? 

— Vou. Eu prometo.

— Então não vai demorar muito para matar a saudade.

— Espero que não mesmo...

E assim, nós nos despedimos. Apesar de tudo o que aconteceu, eu precisava continuar de cabeça erguida. As coisas não seriam tão fáceis para mim a partir daquele momento, e eu sabia disso. E, de todo modo, eu e Draco até que estávamos nos suportando. Então, talvez não fosse tão ruim assim estar com ele. 

Quando me virei, percebi que ele ainda estava parado lá, me esperando. Eu andei até ele, me sentindo um pouco menos deprimida do que antes.

— Está tudo bem...? - ele perguntou.

— Não muito. - respondi, pegando sua mão. - Mas está começando a ficar...

Draco sorriu, e então voltamos para a comunal. Nós não fazíamos a menor ideia do que aconteceria no ano seguinte, mas eu estava preparada para encarar de cabeça erguida.