𝐂𝐡𝐚𝐫𝐥𝐨𝐭𝐭𝐞
A partir daquele dia, eu e Harry paramos de nos falar. Nós não nos sentávamos mais juntos, não almoçávamos mais juntos, não conversávamos e nem nos cumprimentávamos. Eu sabia que, mesmo entendendo a situação, ele talvez sentisse um pouco de raiva de mim. Aquilo era totalmente compreensível. Eu não tinha contado tudo para ele, mas Harry sabia que era por causa do meu pai.
Por fim, eu passei o restante daquele primeiro ano praticamente sozinha. As únicas pessoas que falavam comigo eram meu pai e um garoto da mesma casa que eu. Um tal de Blaise Zabini. Não conversávamos muito; apenas dividíamos a mesma mesa na aula de astronomia. Ele era legal, mas não era a mesma coisa que Harry.
Meu pai se acalmara e agora estava concentrado em dar suas aulas, e Draco me evitada constantemente. Ele conseguira o que queria: me deixar completamente isolada, sem ninguém para conversar. Enquanto isso, ele estava repleto de amigos. Agora até mesmo conversava com a cara de buldogue da Pansy Parkinson. Ele estava feliz.
Diferente de mim...
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Assim, os meses se passaram. O nosso primeiro ano em Hogwarts passou voando, e no final, todos nós estávamos no salão principal aguardando Dumbledore anunciar qual das casas havia ganhado a taça das casas. Os meus colegas de Slytherin estavam confiantes de que seria nossa.
- Outro ano se passou... - Dumbledore se levantou e começou seu discurso - E agora está na hora da Taça das Casas ser entregue! A classificação é a seguinte: em quarto lugar, Gryffindor, com 312 pontos...
Aplausos são escutados. Todos de Gryffindor estavam muito decepcionados, mas os Slytherins estavam muito animados e convencidos. Seria muito legal se, apesar de tudo o que eu passei, minha casa ganhasse a Taça.
- Em terceiro lugar... - Dumbledore continua - Hufflepuff com 352 pontos.
Os aplausos foram escutados novamente, mas logo ele continua falando.
- Em segundo lugar, Ravenclaw, com 426 pontos...
Novamente os alunos aplaudem. Todos ficaram apreensivos, mas ao mesmo tempo, os Slytherins já sabiam que haviam ganhado a Taça. Conseguia ver o sorriso vitorioso de Draco, enquanto ele debochava de Harry.
- E em primeiro lugar, com 472 pontos, a casa Slytherin.
Os aplausos foram ainda mais altos. A mesa de Slytherin estava muito animada, e eu nunca vi Draco tão feliz na vida. E, como eu também estava satisfeita por ganhar, também me levantei para comemorar.
- Sim, sim, parabéns Slytherin... Contudo... - "como assim", pensei - Acontecimentos recentes devem ser levados em conta, e eu tenho alguns pontos ainda para conferir.
Na hora, o sorriso de Draco desapareceu, e foi aí que eu tive certeza de que as coisas não seriam como a gente estava esperando.
- À senhorita Hermione Granger, por excelente uso da lógica, quando os outros corriam grave perigo: cinquenta pontos. Segundo, ao senhor Ronald Weasley, pela melhor partida de xadrez que Hogwarts já viu em muitos anos: cinquenta pontos!
O sorriso de Draco que havia desaparecido se transformou numa grande expressão de confusão. Ele claramente não conseguia aceitar o que estava acontecendo. Nem muito menos eu, que não estava entendendo nada. Como assim grave perigo? Partida de xadrex? Desde quando xadrez de bruxo concede cinquenta pontos? Nada daquilo fazia sentido para mim.
- E terceiro, ao senhor Harry Potter, pela sua fibra e excepcional coragem, eu lhe concedo: sessenta pontos.
Os Gryffindors estavam felizes, e graças a esses pontos que Dumbledore concedeu a casa, eles ficam empatados com a nossa.
- Finalmente... - Dumbledore continua falando - É preciso ter muita coragem para enfrentar os inimigos... E ainda mais coragem para enfrentar os amigos! Por isso concedo dez pontos a Neville Longbottom!
Os Slytherins ficam totalmente pasmos, assim como todo o resto do salão principal. Nada daquilo fazia o menor sentido para mim. O que Harry e os outros fizeram para conseguir tantos pontos para virar o jogo daquela forma?
- Se meus cálculos estiverem certos, acho que uma mudança na decoração é necessária!
E assim, as bandeiras enormes que estavam no teto com o brasão de Slytherin, se modificaram, dando lugar ao brasão de Gryffindor.
- Gryffindor ganha a Taça das Casas! - Dumbledore finalmente concluiu.
O salão principal vira uma bagunça. Todos os Gryffindors se levantam alegres e começam a comemorar e a gritar. Eu estava confusa demais para me alegrar por Harry.
— Mas o que foi isso?! - perguntou Millicent. - Por que é que eles ganharam?
— Isso não faz o menor sentido! - Pansy emburrou a cara de buldogue. - Dumbledore fez isso apenas para beneficiar a casa dele!
— É como meu pai sempre diz... - Draco rosnou de ódio. - Ele é a pior coisa que aconteceu em Hogwarts. Vai continuar beneficiando Gryffindor enquanto estiver aqui.
Enquanto escutava a conversa deles, senti a mão de Zabini no meu ombro.
— Acredita nisso? Não pensei que eles fossem levar em consideração. - ele falou.
— Mas levar o que em consideração? Eu não estou entendendo nada.
— Você não sabe ainda? - ele disse, num tom de quem sabia de coisas. - O boato ainda deve estar se espalhando...
— Me fala, do que você sabe?
— Não sei se é verdade... Mas se Dumbledore levou em conta, então deve ser... - ele começou. - Enfim... Pelo que me disseram, o professor Quirrell estava possuído e estava atrás de algum artefato que Dumbledore escondeu aqui, em Hogwarts.
— Mas que artefato?
— Eu esqueci o nome... Mas pelo que sei trás as pessoas de volta a vida!
— Que? Isso é possível?
— Aparentemente sim. E só por causa do Potter e dos amigos dele que a escola não sofreu um ataque. Eu não acreditei nesse boato, mas é como eu disse... Se o Dumbledore levou em consideração...
— Espera um pouco... Como assim o professor estava possuído? Possuído pelo que?
Blaise olhou para os dois lados, dando uma pausa antes de me contar. Ele fez sinal para que eu me aproximasse. Assim o fiz.
— Por Você-sabe-quem...
Naquele momento eu senti minha espinha gelar. Meus braços e pernas se arrepiaram, e minha respiração ficou alterada.
— Não... Não pode ser verdade, ele... Ele morreu.
— Ao que tudo indica, não... Se ele veio atrás desse artefato, é porque está tentando voltar a vida.
Aquela notícia me deixou completamente baqueada. Eu torcia com todas as minhas forças para ser apenas um boato, mas... Mas se fosse verdade, aquilo era uma péssima notícia. Encarnado ou não, Voldemort estava por perto. Não apenas isso, ele conseguiu entrar na escola e estava tentando voltar. Se ele voltasse, estaríamos próximos de uma possível nova guerra bruxa, e pior ainda...
Eu teria que me casar com Draco Malfoy!
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Prometidos - Draco Malfoy Fanfic [REWRITED]
أدب الهواةUma menina ambiciosa. Um menino arrogante. E para completar, um casamento arranjado sob Voto Perpétuo. ━━━━━━━━━ ◆ ━━━━━━━━━ Charlotte Snape, filha de Severus Snape, vivia sua vida normalmente até completar seus 11 anos, quando iria entrar para a es...