Prometidos - Draco Malfoy Fanfic [REWRITED]

124 ❧ Medalhão

𝐂𝐡𝐚𝐫𝐥𝐨𝐭𝐭𝐞

— Tem nos espionado, não é? - perguntou Harry.

— Kreacher tem espionado... - ele resmungou.

— Talvez ele saiba sobre o verdadeiro medalhão... - Hermione falou. 

— Kreacher... - falei, me aproximando dele, mostrando o objeto. - Sabe o que é isto, não sabe?

— É o medalhão do amo Regulus...

— Mas eram dois, não eram? Onde está o outro?

— Kreacher não sabe.

— Por acaso já o viu? - Hermione perguntou. - Ele já esteve nessa casa?

— SANGUE-RUIM NOJENTA! - repentinamente Kreacher surtou com Hermione. - OS COMENSAIS VEM AÍ!

Rony, claramente irritado com aquela atitude, segurou Hermione e levou-a para longe do elfo. Enquanto isso, eu e Harry continuamos tentando achar respostas.

— Traidores de sangue... - o elfo resmunga. 

— Vamos, Kreacher... - falei, impaciente. - Responda!

— SIM! - ele respondeu. - Já esteve aqui! Nesta casa! Um objeto muitíssimo mau... Antes de morrer, o amo Regulus mandou Kreacher destruir, mas mesmo que tentasse Kreacher não conseguiu.

— E onde ele está agora? - Harry perguntou. - Foi roubado por alguém?

— Ele veio de noite... - Kreacher contava com um certo peso em sua voz. - Roubou muitas coisas, incluindo o medalhão...

— Ele? Quem era? - perguntei. - Quem veio, Kreacher?

— Ah... - ele bufou alto. - Mundungus...

— Mundungus? Mas... Como e por quê?

— Tudo bem... - Harry disse, se erguendo. - Vá atrás dele, Kreacher.

Como era afilhado de Sirius, consequentemente Kreacher tinha que obedecer a tudo o que Harry mandasse. E assim, ele o fez. O elfo aparatou, desaparecendo por algumas horas. Nós quatro ficamos na sala, tentando nos distrair um pouco enquanto esperávamos o seu retorno.

Hermione estava junto de Ronald, sentados em um luxuoso piano da família, e a menina o ensinava a tocar alguma melodia. Enquanto isso eu fui até Harry, que estava jogado sobre o sofá, com a cabeça deitada para trás. E, assim que me viu, ajeitou-se para que eu pudesse me sentar ao seu lado.

— Puxa, estou exausto... - ele disse, esfregando o rosto. 

— É... E pensar que mal começamos! 

De repente, ele se virou para me encarar. Seus olhos verdes não tinham mais o brilho de antes, desde a morte de Cedric. Eu sabia o quanto a saúde física e mental de Harry estava se desgastando com o tempo, o que me preocupava.

— Você está se sentindo bem? - perguntei.

— Acho que sim... E você?

— É, eu... Também acho que sim.

— Você ficou muito abatida... - ele disse. - Naquela hora, na cafeteria. 

— Só senti um incômodo. Nada com que precise se preocupar... Afinal, já passou.

— Se voltar a sentir isso, me avise. Por favor...

— Tudo bem... - forcei um sorriso e assenti. - Eu vou. Agora, descanse um pouco...

Harry pareceu satisfeito. Ofereci meu colo para que ele pudesse deitar a cabeça, e ele simplesmente adormeceu em questão de segundos. Eu sabia que jamais poderia reparar todas as perdas que ele teve durante sua vida, mas ainda assim eu faria qualquer coisa para vê-lo bem. Era muito bom sentir que ele estava ali comigo, são e salvo.