Prometidos - Draco Malfoy Fanfic [REWRITED]

115 ❧ Feitiço da Memória

𝐂𝐡𝐚𝐫𝐥𝐨𝐭𝐭𝐞

Eu estava mergulhada em uma poça de desespero. Draco, a pessoa com quem eu havia me casado, era um mentiroso que estava ajudando o meu pai a esconder coisas terríveis de mim. Como se já não bastasse descobrir que era filha de Bellatrix, uma mulher insana e homicida, teria que lidar com a realidade: os dois eram assassinos, apoiadores de Voldemort.

Eu neguei a verdade que estava diante de mim esse tempo todo, mas agora não me restavam dúvidas. 

Assim que tudo terminou, os comensais deixaram a torre de astronomia, enquanto Harry permanecia paralisado e em choque. Porém, eu estava mais acordada do que nunca. E, sem nem pensar duas vezes, corri atrás de Draco, que caminhava desnorteado em direção à sala de poções. 

Uma vez dentro da sala, percebi que meu pai - o que já era de se esperar - também estava lá. Sem mais nem mesmo, tranquei a porta atrás de mim.

— Draco...

Os dois se viraram para mim, mas não pareciam nem um pouco surpresos ao me verem. Ainda assim, havia terror nos olhos de Draco, que já estavam inchados e vermelhos de tanto chorar. Então, retirei a minha varinha das costas e apontei para os dois.

— Eu... Eu sei o que fizeram... 

— Certamente que sabe. Afinal, você também estava lá, não estava? - meu pai disse, tentando chegar perto de mim. - Veja bem, Char-

— SAI DE PERTO DE MIM! - gritei para ele, sentindo meu corpo inteiro tremendo de cólera. - Eu... Não acredito que você fez aquilo. Não você, pai...

— Me escute... - ele disse, pausadamente.

— Eu não vim até aqui para escutar vocês. - respondi, ainda empunhando a varinha. - Não tenho interesse algum no que dois malditos assassinos tem a dizer!

— Veja bem como fala do seu pai, mocinha! 

— Vocês dois... TRAÍRAM A MINHA CONFIANÇA! - eu respondi, ignorando seu último comentário. - Esconderam tudo isso de mim... Como puderam fazer uma coisa como essas?

Draco, que soluçava como uma criança, ameaçou se aproximar de mim. Porém, eu o empurrei para longe antes que ele conseguisse.

— V... Você não entenderia. - disse o loiro, choramingando. - Não fiz isso porque queria...

— Draco, se você realmente não quisesse fazer parte disso tudo, teria me contado! Eu pedi! Não, eu implorei para que você me dissesse o que estava acontecendo...

— Eu queria te contar...

— Você poderia ter me dito o que estavam fazendo com você. Mas não o fez. Você preferiu manter segredos, não é? Porque você queria se provar!

— N-Não é nada disso...

— Você não faz a menor ideia do quanto eu te defendi... O quanto confiei! Mesmo com todas as provas apontando para você, eu neguei até o fim... Porque pensei que estava sendo verdadeiro comigo!

— Eu estava sendo verdadeiro com você! Mas eu não podia contar sobre o plano!

— Vocês dois... São dois mentiroso! Assassinos, mentirosos e egoístas!

— Ora, já chega desse teatro! - meu pai falou, erguendo a varinha e apontando para mim. - Expelliarmus! 

Minha varinha voou para o outro lado da sala, enquanto Draco se apressou e também apontou a sua na minha direção. Desde o começo sabia que seria arriscado enfrentá-los sozinha, mas eu já não me importava nem um pouco.