41 ❧ O Diário

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𝐂𝐡𝐚𝐫𝐥𝐨𝐭𝐭𝐞

A varinha de Harry caiu no chão com estrépito e em seguida fez-se silêncio. Silêncio, exceto pelo pinga-pinga da tinta que ainda escorria do diário. O veneno do basilisco abrira a fogo um buraco no livro. Harry levantou-se, com o corpo todo tremendo inteiro, e lentamente apanhou sua varinha do chão. Quando nos viramos na direção em que Ginny estava, percebemos que ela se movia.

Enquanto Harry corria para a garota, ela se sentou. Seus olhos espantados ziguezaguearam do enorme vulto do basilisco morto para Harry, com as vestes encharcadas de sangue, e daí para o diário em sua mão. Ela inspirou profundamente, estremecendo, e as lágrimas começaram a rolar pelo seu rosto.

– Harry, ah, Harry, eu tentei lhe contar no caf-f-é, mas não p-pude contar na frente doPercy... fui eu, Harry... mas... j-juro que não t-tive intenção... Riddle me obrigou, ele me levou até lá... e... como foi que você matou aquele... aquela coisa? Onde está Riddle? A última coisa que me lembro é dele saindo do diário...

— Tudo bem – disse Harry, levantando o diário e mostrando à Ginny o furo feito pela presa –,o Riddle acabou. Olhe! Ele e o basilisco. 

— Anda, Ginny, vamos dar o fora aqui! - eu falei, levantando-a.

– Vou ser expulsa! – choramingou Ginny. – Sonhei em vir para Hogwarts desde que Bill veio e ag-gora vou ter que sair e... q-que é que papai e mamãe vão dizer?

Fawkes estava à nossa espera, sobrevoando a entrada da Câmara. Atravessamos a penumbra cheia de ecos e voltamos ao túnel. As portas de pedra se fecharam às nossas costas com um silvo fraco. E, depois de caminharmos alguns minutos pelo túnel escuro, escutamos o barulho de pedras se deslocando lentamente. Era Rony.

– Rony! – berrou Harry, se apressando. – Ginny está bem! Está conosco!

Ouvimos Rony soltar um viva sufocado e ele tinha uma fofa expressão de ansiedade no rosto. Quando ele a viu, abraçou a irmã imediatamente.

– Gina! Você está viva! Não acredito! Que aconteceu? Como... que... de onde veio o pássaro?

Fawkes mergulhou no buraco atrás de Ginny.

– É do Dumbledore – respondi. 

– Onde arranjaram uma espada? – disse Rony, boquiabrindo-se ao ver a arma na mão de Harry.

— Explico quando sairmos daqui – disse Harry. – Onde anda Lockhart?

– Lá atrás – disse Rony, ainda com uma expressão intrigada, mas indicando com a cabeça o túnel na direção do cano de entrada. – Está bem ruinzinho. Venha ver.

Guiados por Fawkes, cujas penas vermelhas produziam uma luminosidade dourada no escuro, nós caminhamos de volta à boca do cano. Gilderoy Lockhart estava sentado, cantarolando tranquilamente para si mesmo.

– A memória dele desapareceu – disse Rony. – O Feitiço da Memória saiu pela culatra. Atingiu ele em vez de nós. Ele não tem a menor ideia de quem é, onde está ou de quem somos. Eu o mandei vir esperar aqui. É um perigo para ele mesmo. 

Lockhart nos encarou, bem-humorado.

– Alô – disse ele. – Lugar esquisito, esse, não acham? Vocês moram aqui?

Prometidos - Draco Malfoy Fanfic [REWRITED]Onde histórias criam vida. Descubra agora