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Gabriel|Piloto 🏍️

Kapela: Não tô aguentando esperar mais não pô.— falou nervoso.— Por mim a gente já tinha entrado nessa porra, resgatado às meninas e passado aquele cuzão do Neguinho.— bufou.

Dedé: Nem eu, papo reto! E olha aí.— mostrou os braços.— Tô todo picado nesse caralho.— reclamou.

Passamos a madrugada inteira escondidos dentro da mata que dá acesso a parte alta do morro dos Prazeres.

Valtinho: Cadê esses cu azul que ainda não invadiram essa porra Piloto?— me encarou.

Piloto: Calma pô... Vai da sete horas agora.

Mal terminei de falar e os fogos subiram no céu anunciando que o morro dos Prazeres estava sendo invadido pela polícia.

Kapela: Até que fim porra!— comemorou.

Piloto: Quero geral na atenção, tendeu?? Nada pode dá errado nesse bagulho! Dedé tu vem na frente comigo e com o Barata.— eles concordaram.— Kapela e Valtinho ficam no meio, e vocês três ficam atrás na nossa contenção.

Fomos em direção a entrada que dava acesso ao morro e conforme a gente foi se aproximando, o barulho dos tiros ficavam cada vez mais alto e já tinha até um helicóptero sobrevoando o morro.

Estavamos com os rostos todo encapuzados com camisetas pretas, igual a tropa do Neguinho estava e por isso íamos passar batido pelos vapores dele.

Piloto: Estamos se aproximando!

Eu nunca tive medo de participar de nenhuma missão ou confronto, só que hoje é a vida da minha mulher e das minhas filhas que estão em risco, tá ligado?? E isso aí me deixa deixa com um medo fodido!

Só de imaginar que algum bagulho ruim pode acontecer com elas, eu já sinto aquele perto no peito e me dá uma vontade do caralho de chorar, papo reto!

Tô ligado que eu não posso ficar pensando nessas paradas agora, só que é um bagulho impossível, tendeu??

Dedé: É aquela rua ali.— apontou.

Piloto: Me dá cobertura Dedé.— ele concordou.

Conseguimos atravessar a rua e ficamos escondidos atrás de uma caçamba de entulho.

Dedé: Tem três vapores no portão da casa que a patroa está.— ele falou olhando no binóculo.

Piloto: E na base do Neguinho?

Dedé: Tem quatro em frente ao portão e mais quatro do outro lado da rua.

Piloto: FILHO DA PUTA! Ele reforçou a segurança das casas.

Kapela: Será que o filho da puta tá lá dentro???

Valtinho: A gente precisava saber se esse cuzão saiu pro confronto.— concordei.

Peguei o binóculo da mão do Dedé e fiquei por alguns segundos observando o local e os soldados que estavam fazendo a segurança.

Piloto: Ele não saiu pro confronto.

Valtinho: Como tu sabe pô?

Piloto: Porque ele iria aumentar a quantidade de seguranças na casa dele??? Esse rato tá lá dentro escondido! 

Eles estavam em um número maior e também fortemente armados, a gente podia bater de frente com eles mas seria muito arriscado e com certeza iria aparecer reforços.

Piloto: A gente vai ter que entrar na casa que a Isabella está pela parte de trás da casa.— encarei eles.— Kapela tu vem comigo e vocês.— apontei.— Subam em cima dessa laje, dessa e dessa.— apontei para às casas.— Todas elas estão em um ponto cego pra eles que estão lá.— eles assentaram.— Vocês só vão atirar no meu sinal e todos juntos, tendeu???— concordaram.— Bora Kapela!

O barulho dos tiros ainda era muito intenso e com certeza essa operação da polícia estava longe de acabar e a gente tinha que aproveitar disso para conseguir resgatar às mulheres da minha vida.

Kapela: Porra... O muro é alto pô.— falou encarando.

Piloto: Me ajuda a empurrar aquela caçamba de lixo.— ele concordou.

Tiramos todo o lixo que tinha dentro da caçamba e viramos ela de cabeça pra baixo.

Piloto: Eu entro primeiro.— ele concordou.

Ele fez pezinho pra mim, subi em cima da mão dele, me pendurei no murro e observei o quintal da casa.

Piloto: Tá limpo!— sentei em cima do muro.— Me dá a mão.

O Kapela segurou na minha mão e teve que escalar o muro para conseguir subir. Pulamos no quintal e aparentemente não tinha nenhum soldado do Neguinho aqui dentro.

Piloto: Já estamos dentro da casa.— falei no rádio.— Fiquem atentos ao meu sinal.

Dedé: Certo patrão!— respondeu.

Kapela: Tem uma janela ali.— apontou.

Se aproximamos da janela da sala e observamos que dentro da casa tinham dois soldados do Neguinho, e isso era um bagulho que não estava nos nossos planos.

Kapela: E agora porra? Como a gente vai entrar?— falou baixo.

Piloto: Calma porra... Deixa eu pensar!— encarei ele.— Tu trouxe silenciador?— ele concordou.— Eu pego o mano da direta e tu o da esquerda.

Pegamos às pistolas no coldre, colocamos o silenciador e miramos nos filhos da puta!

Piloto: A gente não pode errar, tendeu?— concordou.— No três... 1,2,3.

Atiramos juntos e o único barulho que se ouviu, foi do estilhaço da janela quebrando e dos corpos caindo no chão ensanguentados com um tiro na cabeça, ao mesmo tempo.

Piloto: Dedé, pode meter bala!

Falei no rádio e escutamos o barulho dos tiros em seguida e também a gritaria dos seguranças do Neguinho na rua.

Piloto: Bora entrar nessa porra Kapela!— ele concordou.

Kapela: Tem uma porta ali.

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AMOR SEM LEIS - [FINALIZADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora