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Felipe|Kapela 🎭

Kapela: Geral tá bem pô?— encarei os menor e eles concordaram.

Dedé: Ainda bem que o Valtinho conseguiu meter o pé com a patroa e às menor, papo reto.— concordei.

Kapela: Pera aí... Cadê o Piloto caralho??— encarei o Dedé e os outros menor.

Dedé: Ele não tava atrás de você porra?

Kapela: Não caralho!— falei falei preocupado.— Não era tu que estava na contenção dele Ratinho, caralho?

Ratinho: Pra mim o chefe tinha corrido junto com a gente mano!— balancei a cabeça negando.

Kapela: O Piloto ficou pra trás caralho!— falei nervoso.— A gente tem que voltar!

Na hora da explosão e que aquela fumaça branca invadiu o lugar que estávamos e começou o tiroteio, dei a ordem pra geral correr para o meio da mata.

Não tinha como a gente atirar sem enxergar porra nenhuma, tá ligado?? Era praticamente suicídio fazer um bagulho desse!

A parada era tentar se proteger e esperar a poeira abaixar pra gente poder meter o pé daqui. Quando corremos, eu achei que o Piloto estava junto com a gente, porém ele ficou pra trás e isso já me deixou bolado, papo reto!

Aquele maluco é como fosse um irmão pra mim, tá ligado?? E se qualquer parada acontecer com ele eu não vou me perdoar nunca nessa vida, tendeu??!

Dedé: Cadê o resto dos caras pô???

Xxx: Meteram o pé pô. Meteram o pé!

Kapela: Vou cobrar tudo esses filhos da puta! Coé? Só pensaram na vida deles e largaram a tropa pra trás?? Qual é o lema dessa porra pô? Irmão defende irmão, não é caralho? Tomar no cu, bando de fanfarrão safado! Tá achando que o crime é mamão nessa porra!— falei com ódio.

Fiquei bolado mesmo, tá ligado?? Dei a ordem pra geral se esconder na mata e os filhos da puta metem o pé e deixa a gente na mão? Colfoi?? Bagulho errado e vai ser cobrado, tendeu? Não vou deixar essa parada passar batido!!!

O silêncio predominava o ambiente novamente, quer dizer, o único barulho que a gente conseguia ouvir eram dos pássaros e das árvores balançando por conta do vento.

Kapela: Vamo voltar!— eles concordaram.

Estava eu, Dedé, Ratinho e o M10. Eu fui andando na frente junto com o Dedé e os outros dois menor na nossa contenção, logo atrás.

O foda é que a gente estava perdido no meio daquela mata, tá ligado?? Estavamos sem o mapa do lugar e como a gente correu em um momento de desespero, não conseguimos gravar o caminho.

Dedé: Eu acho que é por ali pô.— apontou.

Ratinho: Coé Dedé, a gente não passou por esse caminho não parceiro!

Dedé: Então manda o papo aí de qual foi caminho que a gente fez pô.— falou bolado.

Kapela: Cala a porra da boca vocês dois!— falei irritado.— Dedé tu vem comigo por aqui e vocês dois vão por ali.

M10: Não é melhor a gente ficar junto patrão??

Kapela: Separados a gente tem uma chance maior de encontrar o Piloto.— ele concordou.— Fiquem atentos no rádio!— ele concordaram.— Bora Dedé!

Eu e o Dedé saímos andando no meio daquele matagal e até parecia que estávamos andando em círculo papo reto, a gente andava e parecia que estava no mesmo lugar. Tomar no cu!!!

Já fazia mais de vinte minutos que estávamos andando no meio daquelas árvores, e até agora não tínhamos encontrado a trilha que dava acesso ao morro dos Prazeres, e eu confesso que estava ficando cada vez mais preocupado com o Piloto e também aflito.

Dedé: Ali porra!!! A trilha ali caralho!— falou empolgado.

Kapela: Estamos perto do ponto de encontrou pô.— ele assentiu.

Fomos andando bem devagarinho e evitando fazer barulho para não chamar atenção de qualquer pessoa que estivesse por perto.

De longe eu pude escutar vozes e reconheci que era a voz do desgraçado do Neguinho!

Kapela: É o Neguinho porra!— sussurrei.— Eu vou na frente e tu fica minha contenção, jaé?— ele assentiu.

Conforme a gente foi se aproximando, a voz dele foi ficando cada vez mais alta e dava pra perceber que o cara estava fora de si, tá ligado?? Parecia até que ele estava drogado no bagulho, papo reto!

Dedé: Será que ele tá falando com quem pô?— sussurrou.— Não tô escutando a voz de mais ninguém.

Kapela: Porra.— falei nervoso.— É com o Piloto Dedé!

Encarei a cena e quando vi o Piloto jogado no chão, todo machucado e o Neguinho apontando uma arma pra ele, meu coração até errou a batida!!!

O Neguinho estava completamente fora de si, ele ficava gritando que ia matar o Piloto, falava que tudo ia ser dele e ria igual um maluco. Estava dando até medo, tá ligado? O cara tinha surtado mané!

Tirei minha arma do coldre e mirei no Neguinho, só que o filho da puta ficava andando de um lado para o outro, e se eu errasse o tiro, poderia sentenciar a vida do meu irmão.

Até que em um momento ele parou bem na frente do Piloto e apontou a arma pra ele, e foi nesse exato segundo que eu atirei no Neguinho e ele caiu no chão.

Eu e o Dedé corremos até o Piloto e ele estava desacordado mas estava respirando. Graças à Deus!!!!

Me senti mal pra caralho quando vi que ele estava bem machucado. Um dos seus olhos estava roxo e inchado, ele também tinha um corte profundo em uma das sobrancelhas e vários hematomas na barriga.

Kapela: Acorda irmão!— balancei ele.— Fala comigo pô! É o Kapela!

Piloto: Eu sabia que tu ia voltar.— falou bem baixinho.

Kapela: Porra irmão... Que susto do caralho que tu me deu! Vai tomar no cu rapá!— ele riu.

Piloto: Cadê minha mulher e minhas filhas? Elas estão bem né?— me encarou.

Kapela: Elas conseguiram fugir irmão, elas tão bem!

Dedé: A gente precisa meter o pé daqui pô!— concordei.

Kapela: Me ajuda aqui levantar o Piloto.— ele assentiu.— Faz força irmão!

Dedé: E o que a gente vai fazer com esse filho da puta aí???

Piloto: Ele é todo seu irmão.— me encarou.

Kapela: Leva o Piloto pro carro Dedé!

Encarei o Neguinho, que estava caído no chão soltando sangue pela boca mas ainda estava consciente.

Kapela: Eu não falei que ia te matar Neguinho?— encarei ele e o filho da puta riu.— Eu queria que tu tivesse uma morte bem dolorida, lenta e sofrida, tá ligado? Pra tu pagar por tudo que já fez pra mim e também pra minha família.— suspirei.— Só que tu é tão lixo que vale o esforço, tá ligado?— descarreguei meu pente na cabeça dele.— Vai sentar no colo do capeta seu filho da puta!

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AMOR SEM LEIS - [FINALIZADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora