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Isabella Campos ⚡

Piloto: Os menor já tão ali.— apontou.

Encarei pra onde ele estava apontando e consegui enxergar três carros pretos e também quatro motos, e em cima de cada moto tinha um homem com uma arma na bandoleira em volta do corpo.

Naquele momento eu respirei fundo e senti um alívio extraordinário. Finalmente aquele pesadelo tinha acabado e eu ia poder voltar pra minha casa e pra minha vida!

Kapela: Bora pô... Acelera os passos aí!

Conforme a gente ia se afastando do morro dos Prazeres, o barulho dos tiros ficavam cada vez mais distante e a gente só conseguia ouvir mesmo o barulho que os bichos faziam no meio da mata e das árvores balançando.

Eu já estava me sentindo aliviada porém só iria me sentir segurança quando a gente estivesse complemente fora desse lugar!

Chegamos a onde os carros estavam, e eu conheci os bofes que estavam em cima das motos. Todos eles eram funcionários do Gabriel.

Kapela: Bora meter o pé daqui logo pô.— falou.— Valtinho tu vai com o Piloto.— meu pai concordou e entrou no lugar do motorista.

Piloto: Entra aí com às meninas amor.— abriu a porta do carro. 

Escutamos uma movimentação estranha e os meninos já apontaram às armas e ficaram atentos.

Piloto: Vai amor... Entra logo pô!— falou sério.— Eu te amo pra caralho, tá?

Isabella: Porque você tá falando isso Gabriel?— encarei ele.

Piloto: Porque se algum bagulho acontecer comigo hoje, eu não quero que tu se esqueça que eu te amo pra caralho!!! Tu é e sempre vai ser a mulher da minha vida Isabella, a mãe das minhas filhas, tendeu???

Isabella: Para de falar essas coisas Gabriel! Nada vai acontecer contigo hoje e nem dia nenhum!!! Já está tudo bem, não está?

Piloto: Fala que me ama pô!

Isabella: Eu te amo Gabriel, te amo muito!!! Te amo mais do que eu imaginava!— ele sorriu e meu deu um selinho.— Agora entra nesse carro e vamos embora daqui!

Ele me encarou, bateu a porta do carro e um barulho de bomba ecoou pelo lugar e em seguida uma sequência de tiros.

Isabella: VAI PRO CHÃO ELOÁ!!!!!!

Eu gritei e empurrei ela com tudo, e coloquei a Ísis no chão do carro também e fiquei por cima delas.

Piloto: METE O PÉ COM ELAS VALTINHO!!! METE O PÉ PORRA!— escutei ele gritando do lado de fora do carro.

Isabella: NÃO PAI!!!!— gritei.— A gente não pode deixar ele!

Meu pai nem pensou duas vezes, ele ligou o carro e saiu acelerando e mesmo assim alguns tiros ainda pegaram na lataria do carro, mas como o carro era blindado nenhum tiro atravessou, graças à Deus!!!

Eloá: Mãe cadê meu pai?— falou chorando.— Eu quero meu pai mãe!

Isabella: Calma meu amor.— falei chorando.— Daqui a pouco o seu pai vai estar com a gente denovo.

Eloá: Meu pai vai morrer mãe, ele vai morrer!— falou desesperada.

Isabella: Para de falar isso Eloá! Seu pai não vai morrer!!!

A Eloá estava desesperada e a Ísis também estava chorando muito e eu tentava acalmar às duas, porém estava difícil porque eu também estava completamente desesperada.

Meu pai estava dirigindo igual um maluco, teve momentos que eu até pensei que ele ia perder o controle da direção e a gente ia acabar batendo ou capotando, estavamos no meio da floresta e tinha muitos buracos e a estrada era de pedra.

E mesmo quando chegamos na pista, ele continuou acelerando, passou por vários faróis vermelhos e só desacelerou quando chegamos na entrada do morro do Alemão.

Nessa hora minhas filhas já tinham se acalmado e eu também estava mais calma, mas só foi eu sair de dentro do carro e ver minha sogra e minhas amigas que eu comecei a chorar que nem uma criança.

Valquíria: Cadê o meu filho?? Cadê ele?

Isabella: Ele ficou lá Val! Ele ficou lá.— falei chorando.

Valquíria: Como assim ele ficou lá?— já começou a chorar também.— Aí meu Deus protege o meu filho por favor! Cuida dele meu Deus!

Rafaella: Mãe leva a tia e às meninas lá pra dentro!— a Tati concordou.

Isabella: Eu tô com um pressentimento horrível gente!! Eu tô sentindo que alguma coisa ruim vai acontecer.— suspirei.

Fabiana: Porque o Gabriel ficou lá mana? O que aconteceu?

Isabella: Eu não sei explicar direito cara!! Ele começou a falar que me amava, como estivesse de despedindo de mim e em seguida começou um tiroteio.— falei chorando.— Era o Neguinho, tenho certeza! Era aquele desgraçado!

Valtinho: Filha vai dar tudo certo. O Piloto é esperto pra caralho e ele sabe se virar, tendeu??— me encarou.— Ele armou um plano foda pra tirar você e às meninas de lá e eu tenho certeza que daqui a pouco ele tá aí com nós, tá ligado?

Rafaella: Vamos entrar mana. Você precisa se acalmar, tomar um banho e comer alguma coisa!— concordei.

Entramos dentro da casa da Val e ela estava  junto com às minhas filhas no sofá, e a Eloá estava contando pra ela e pra Tati tudo que tinha acontecido enquanto estávamos no morro dos Prazeres.

Eu subi direto pro quarto que eu ficava, quando passei uns dias morando aqui. Tomei um banho bem demorado e me permitir chorar por longos minutos debaixo do chuveiro e também parei pra orar pela vida do Gabriel, Kapela, Dedé e de todos os outros que estavam lá.

Eu estava com uma angústia horrível dentro do peito, um sentimento ruim mesmo, sabe?

Desci novamente pra sala e minhas filhas já tinham tomado banho também. A Raffa estava dando leite pra Ísis e a Eloá estava sentada no sofá almoçando enquanto assistia um desenho que passava na tv.

Isabella: Os meninos já entraram em contato?

Valtinho: Até agora não mas eu tô tentando contato com eles e também já mandei uns menor irem atrás deles.— assenti.

Isabella: E no jornal?? Não tem nada falando sobre a invasão no morro dos Prazeres??

Rafaella: Não acharam o Neguinho.

Isabella: Eu sabia!— balancei a cabeça negando.— Foi ele que apareceu lá aquela hora, tenho certeza!

Tatiana: Vem comer um pouco Isa.

Isabella: Eu tô sem fome tia.— suspirei.— Cadê a Val?

Fabiana: Minha mãe deu um calmante pra ela e ela foi deitar no quarto.

Isabella: E o Dafé gente??? Ele tá bem né?????

Rafaella: Ele está bem!— suspirei aliviada.

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AMOR SEM LEIS - [FINALIZADO]Onde histórias criam vida. Descubra agora