Capítulo 42

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Anastasia

Jack inclinou-se contra a mesa e olhou para o novo sofá de couro marrom do outro lado da sala.

– Você acha que devemos mudá-lo para a outra parede? – Era a quarta vez que ele perguntava desde que eu havia chegado. Sinceramente, eu não poderia me importar menos com onde colocar o tal sofá. A única razão pela qual eu tinha ido à boate tão cedo foi para ter alguma coisa para ocupar minha mente. Fazia 33 horas desde que eu tinha saído de Hamptons, e mais tempo ainda desde que tinha visto Christian pela última vez, e tudo o que eu queria, agora, era comprar uma passagem de avião para Cincinnati e encontrá-lo, custasse o que custasse. Mas outra parte de mim, uma que era bem pequena, e surpreendentemente sólida, fez brotar uma calma dentro do meu ser. Ela me fazia acreditar que Christian estaria de volta. Que ele estaria de volta para mim. Ele sentia algo por mim. Eu sabia que sentia. E talvez essa emoção, mesmo que ele não pudesse reconhecê-la, fosse o suficiente para trazê-lo para mim. Com o tempo. Era isso que eu esperava. Se não me agarrasse a esse pequeno fiapo de esperança, eu desmoronaria. Era a única coisa que me impedia de ceder à loucura. Isso e o fato de tentar me concentrar no meu trabalho.

– Está bem assim, Jack. Deixe-o aí.

– Você tem certeza? Este é o seu estilo, Anastasia. Faça-o funcionar.

– Está perfeitamente bem como está.

Eu suspeitava de que a ansiedade de Jack tinha mais a ver comigo e com o meu estado de espírito do que com a posição do sofá. Ele foi até o móvel e sentou-se.

– É muito confortável também. Venha ver.

Suspirando, joguei o meu relatório de inventário sobre a mesa e me juntei a ele.

– Hum – disse eu, acomodando-me no canto. – Nada mau.

Mas, na verdade, eu estava pensando em como o novo sofá me lembrava daquele do apartamento acima do escritório de Christian. Tinha sido este o meu encantamento quando o vi no catálogo. Eu amei a forma como ele parecia masculino, com sua rica cor escura, mas também quente e macio com as costas e braços curvados. Agora, me perguntava se cada olhar sobre a peça de mobília iria trazer à mente pensamentos de um homem que não tinha ligado ou mandado uma mensagem de texto para mim desde o seu desaparecimento.

Meus pensamentos viajaram para o e-mail que eu havia recebido naquela manhã, do banco dele, aquele que controlava os meus empréstimos estudantis, afirmando que a minha dívida foi quitada. E o cartão de crédito, que eu tinha mantido em segredo dele também, tinha aparecido com um saldo negativo zerado. Ter os dois débitos pagos fez todo o negócio parecer acabado. E eu queria tanto não ter terminado com Christian Grey.

– Então, o que está acontecendo em sua cabecinha linda, Anastasia?

Eu tinha me perdido em meus pensamentos novamente. Rapaz, que má companhia eu era.

– Um monte de coisas – respondi, sentindo-me mal com o fora, mas não mal o suficiente para dar detalhes sobre a minha resposta. Jack assentiu com a cabeça e cruzou as pernas.

– Grey está bem com o negócio da Plexis?

Virei minha cabeça em direção a ele.

– O que você quer dizer?

As sobrancelhas de Jack se levantaram.

– Eu imaginei que você soubesse. Estava no jornal hoje de manhã. – Ele se levantou e se aproximou de sua mesa.

Eu não tinha olhado as notícias naquela manhã. Sabendo que ficaria tentada a perseguir Christian pela rede, nem mesmo tinha usado meu computador, exceto para verificar meu e-mail depois que José tinha saído no dia anterior. Foi difícil lutar contra a compulsão, mas, depois de expulsar o meu irmão, senti um senso renovado de força interior. Então, desliguei o meu computador e passei a noite assistindo a alguns dos filmes da lista dos melhores que eu não tinha visto ainda, enquanto comia um pote de sorvete de chocolate com hortelã. E chorei um pouco mais. No geral, uma noite muito produtiva.

Fixado Forever {Completa}Onde histórias criam vida. Descubra agora