Capítulo 65

492 57 11
                                    

Christian

Choro e gritaria me recebem quando volto para o meu apartamento. Elena e meu pai estão em uma briga de gritos, e minha mãe chorando. Ou fingindo chorar. Não há lágrimas reais. José está estudando as obras de arte em minhas paredes, aparentemente tentando ser invisível. Eu quase me sinto mal pelo cara.

Eu não me sinto mal por ninguém. Na verdade, eles precisam ir embora daqui.

– Obrigado a todos pelo caos na minha sala de estar. É hora de todos vocês irem embora.

José se dirige primeiro em direção ao elevador, como se estivesse simplesmente à espera de permissão antes de se mandar. Eu o impeço.

– Você, não. Eu gostaria que você ficasse, se não se importar. Anastasia pediu-me para não estar aqui quando ela voltar, mas prefiro que ela não fique sozinha.

A boca de José se abre, os olhos correndo.

– Eu acho que... tudo bem.

– Onde você está? No Waldorf? – Eu o surpreendo com o meu palpite exato, mas ele simplesmente concorda com a cabeça. – Vou mandar suas coisas serem trazidas para cá. O quarto de hóspedes fica ao fundo do corredor. Fique à vontade.

Ele concorda e vai para onde eu lhe dirigi, feliz por escapar. Elena tentou esgueirar-se enquanto eu estava falando com José, mas pego-a antes que o elevador chegue.

– E eu não disse que você poderia ir embora. Nós precisamos conversar.

Seus olhos estão vermelhos e cansados.

– Christian, eu não estou de bom humor.

– Oh, não vamos falar sobre o humor.

Minha voz está fria e uniforme. Estou realmente surpreso de que, apesar de estar fervendo por dentro, tenho tanta paciência com ela.

– Você não percebe o que aconteceu aqui? – Sua voz é baixa, mas ela está agitada. – Meus pais vão me matar. Eles nunca deveriam saber isso sobre mim e Carrick.

– É chamado de carma, Elena. Você colhe o que planta. E hoje você semeou uma grande quantidade de carma ruim. Gostaria de explicar?

– Já disse tudo o que tinha para dizer. Tenho que estar em outro lugar agora, então me dê licença.

Ela passa por mim e entra no elevador à espera. Ela não vai fugir tão fácil. Eu passo atrás dela.

– Vou descer junto.

Elena esfrega as têmporas. Ela não está feliz com isso, mas tem pouco a dizer.

– Eu vou também. – Minha mãe coloca sua mão quando as portas estão se fechando. Não me seguro e rosno para ela.

– Pegue o outro elevador.

Mas minha mãe não se intimidou. Ela desliza para dentro, apesar do meu comando.

– Eu não vou ficar mais um minuto aqui com esse homem.

Esse homem está em pé atrás dela, uma expressão mal-humorada no rosto.

– Eu pego o outro elevador.

Suponho que imaginar que Carrick e Grace estivessem no mesmo elevador é um pouco demais no momento.

– Tudo bem – admito. Eu espero que as portas se fechem antes de acrescentar: – Mas estou surpreso de que você não se importa de estar aqui com essa mulher.

Elena me lança um olhar. Minha mãe me lança um olhar também.

– Eu conheço Carrick. Ele é o único responsável. Não foi culpa dela. – Grace envolve um braço ao redor de Elena. – Ele se aproveitou de você, querida. Compreendo. Ele era o adulto. Você era a criança.

Fixado Forever {Completa}Onde histórias criam vida. Descubra agora