Capítulo 72

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Anastasia

Christian telefonou ao escritório na manhã seguinte, decidindo trabalhar em casa. Eu já tinha feito arranjos para ficar fora da boate durante os próximos dias, então não me preocupei em ir ao trabalho também. Nós passamos o tempo na biblioteca, cada um de nós trabalhando em nossos próprios projetos, sem falar muito, o que foi bom. Exausto ainda por causa do fuso horário e de não ter dormido direito, Christian estava de mau humor. Mesmo irritado daquele jeito, eu estava feliz com sua presença. Era reconfortante só estar com ele.

Saí do apartamento apenas para fazer depilação e para assistir a minha terapia de grupo naquela noite. Quando voltei, Christian estava desmaiado na nossa cama. Eu o deixei dormir. Antes de me juntar a ele, corri um pouco na esteira e mandei uma mensagem de texto para Stacy.

— Obrigada, mas não, obrigada— dizia a minha mensagem. Eu, provavelmente, não teria a necessidade de responder, afinal das contas, mas achei que isso daria um fim àquela questão.

Dormi silenciosamente a noite inteira. No dia seguinte era feriado – o Quatro de Julho. Christian me surpreendeu ao me levar para o brunch no Loeb Boathouse, no Central Park. Depois disso, nós andamos pelo parque, de mãos dadas, e curtindo a companhia um do outro. Estávamos nos sentindo bem, era gostoso estar com ele. Era calmo. No entanto, havia uma fragilidade tangível entre nós. Estávamos cautelosos um com o outro, meio que tratando um ao outro com luvas de pelica. A fadiga persistente de Christian não melhorava nem um pouco a situação.

Mais tarde, quando estávamos nos preparando para a queima de fogos da noite, Christian veio por trás de mim, enquanto eu me arrumava em frente ao espelho do quarto. Ele passou os braços em volta da minha cintura e beijou ao longo do meu decote.

– Nós estivemos nos evitando o dia inteiro – disse ele em meu ouvido. – Eu estou avisando agora que isso acabou, cansei. É hora de começar a tratá-la como você é: minha. — Minha respiração suspendeu bruscamente. – E sim, isso significa que vou comer você mais tarde. Muito.

Então assim, meio que de repente, a nossa hesitação tinha acabado. E eu precisava de uma troca de calcinha.

Com exceção de alguns toques ocasionais e carícias, Christian manteve as mãos quietas durante nosso percurso até o passeio de barco para ver o espetáculo de fogos. Tive a sensação de que o contato mínimo era uma atitude proposital. Ele estava construindo a antecipação do nosso encontro mais tarde. E, Deus, isso funcionou. O clima entre nós estava carregado. Sua promessa sexual permaneceu em meus pensamentos, me transformando em um barril de pólvora à espera de uma faísca que iria me fazer explodir em chamas. Christian, por outro lado, parecia completamente indiferente, como se não tivesse sido ele a dizer aquelas palavras quentes apenas uma hora antes.

Era o fim da tarde, o sol começava a se pôr quando chegamos ao cais para embarcar. Christian não esperou por Taylor para abrir a porta do carro. Ele deu um passo para fora do Maybach e pegou minha mão para me ajudar a sair. Meu homem estava lindo em sua calça bege e paletó escuro. Tinha deixado a gravata de lado, permitindo que sua camisa branca desabotoada mostrasse a parte superior do peito. O vento soprava através do rio, bagunçando o cabelo de Christian em um caos sexy. Como sempre, ele me tirou o fôlego.

Mas aquele momento foi de curta duração. Câmeras clicando e as pessoas gritando o nome de Christian interromperam esse meu devaneio. Tendo estado em apenas um outro evento com ele no qual a mídia estava presente, eu não estava muito acostumada com toda essa atenção. Mas Christian estava. Como aconteceu na última vez, quando fui com ele no tal evento beneficente de sua mãe, Christian preparou um show particular, puxando-me a seu lado para posar para as câmeras. Ele ignorou muitas das perguntas bem educadamente, só respondendo algumas com um simples sim ou não.

Fixado Forever {Completa}Onde histórias criam vida. Descubra agora