Por um fio

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Entrei no quarto com um copo de água gelada na mão.

A imagem que eu tive era privilegiada, fazia-me sentir sortudo por poder dizer que eu dividia o cômodo com aquela mulher sempre que minha cabeça não estava fodida ao ponto de me tornar perigoso demais para permanecer com ela.

Sakura estava esparramada na cama branca, seu corpo parecia pequeno, delicado e exaurido. Eu tinha comido ela sem parar nas últimas três horas. E só comecei a pegar mais leve nos últimos trinta minutos, quando percebi que estava instável e fraca.

- Aqui.

De pé ao lado da cama, eu encostei o copo de água fria na vermelhidão que cobria sua bunda. Sakura assustou e se virou na cama. Ela esvaziou o copo de uma vez só, deixou de lado e me agarrou pelos ombros para me beijar.

Essa era uma das coisas mais excitantes sobre a minha mulher: ela me queria mais que tudo e não tinha medo de demonstrar.

Sua boca estava gelada pela água e a língua continuava ávida, perfeita. Enfiei os dedos em seus cabelos cor-de-rosa e virei minha cabeça, engolindo seu gosto enquanto a guiava para baixo. Sakura voltou a cair de joelhos na cama, segurou e lambeu meu pau, me deixando totalmente duro de novo por cada centímetro que sua língua percorria. Ela me colocou na boca e chupou do jeito que eu tinha ensinado, ou até melhor que isso.

- Olha pra você... treinada para me satisfazer.

Observei de cima, ajeitando seus cabelos enquanto me chupava bem devagar, levando quase até a base e depois voltando para o começo, cobrindo com as mãos o que não ousava enfiar na garganta. Ela sabia o que fazia comigo. Aqueles grandes olhos verdes estavam sempre descobrindo meus cantos sombrios e agitando as minhas ondas.

Ela tinha beijado outro cara só porque sabia que eu estava vendo, só porque queria me libertar das algemas que eu estava colocando em mim mesmo, e quando o pior aconteceu, ela estava lá para comprimir minha explosão. Sakura era meu anjo, minha rendição e minha liberdade. Tudo de uma vez só. E, como se já não fosse perfeita o suficiente, ela ainda era corajosa. Ela me levava ao limite e depois se entregava às minhas piores versões.

Ela me aliviava quando aguentava, mas eu temia um dia assustá-la demais e afastá-la de mim... Por isso precisava que pegasse um pouco mais leve comigo na maior parte do nosso tempo juntos, senão eu pegaria pesado demais. Estávamos sempre nos colocando na corda bamba.

- Chupa com mais força. Esfrega essa sua língua quentinha.

Eu orientei, vendo ela trabalhar para me levar lá. E eu estava perto. Muito perto.

Sakura segurou a respiração quando sentiu minha mão pressionando em sua cabeça, um aviso para que fosse mais fundo. Ela fechou os olhos com força e cravou as unhas na minha bunda. Eu gozei em silêncio, tensionando os ombros para me forçar a aguentar toda a sensação do orgasmo sem mexer demais. Quanto mais me restringia, mais intenso era, e assim não machucava a garganta dela. Foi como soltar dos pulmões um ar que estava preso há muito tempo.

Abri os olhos quando começou a passar, restando-me nada além do calor da boca dela. Fiquei ali, sentindo o movimento que fazia para engolir. Sakura era impressionante.

- Mandou bem. Deixa eu retribuir.

E depois que tivesse conseguido deixar ela bem molhada e sedenta, ia foder de novo, só pra sentir seus braços em volta de mim e ouvir sua voz gritando o meu nome. Contudo, meus planos foram interrompidos quando Sakura balançou a cabeça negativamente.

- Vem aqui, querido.

Bastou um pedido e eu fui, esquecendo todo o plano sexual para receber o carinho dela.

O Silêncio do UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora