Aquisição da Família Haruno

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O meu noivo está plenamente nu e adormecido no meio de sua cama enorme. E espero que ele não esteja com frio, porque assim que eu acordei e o vi ainda descansando, cuidadosamente puxei o cobertor pra longe de seu corpo só para que eu pudesse ficar admirando-o.
Assim que saímos do prédio do Hokage, algumas várias horas atrás, nós dois seguimos nossos instintos sem nem precisar perguntar um ao outro para onde íamos; a gente sempre sabe o que quer.
Mas quando chegamos na casa de Sasuke-kun, ele insistiu em cuidar de mim antes de qualquer coisa e se desculpou pelo que disse ter feito, falou que eu precisava colocar gelo nos chupões e nas mordidas... Mas, honestamente, estávamos sozinhos e felizes por saber que não vamos ficar há milhas um do outro pelos próximos meses... Eu estava eufórica e o queria mais que tudo!
Talvez seja verdade: sou eu quem sempre estou com vontade, mas quando começa, Sasuke-kun tem 100 vezes mais a minha resistência.

E agora estou levando meu tempo pra recuperar as forças, exausta, mas muito bem comida. Com o prazer de poder observar o homem ao meu lado vulnerável e confortável.
Eu nunca vou me cansar disso.
Quando ele está relaxado, o corpo fica largado na cama como alguém que realmente passou a vida toda dormindo sozinho e não precisou dividir a cama com nenhuma companheira -não antes de mim. Sasuke-kun está deitado de costas, com um braço dobrado sob a cabeça e o outro esticado embaixo do meu corpo, mas ambos os punhos fechados, uma perna esticada e a outra com o joelho só um pouco levantado, o peito subindo e descendo tranquilamente, o membro de dar água na boca chega até quase o umbigo.
Um Deus! Ele parece um Deus onipotente!
Depois da nossa discussão de ontem, obtive a prova de que ele tem pesadelos sempre que entra em conflito com qualquer assunto relacionado ao passado.
Não é sempre assim, então, em geral, eu não consegui achar um padrão de seus pesadelos ainda...
Mas agora está tudo bem.

Delicadamente me viro de bruços e apoio nos cotovelos, observando o rosto de Sasuke-kun pra ter certeza do meu palpite, da maior revelação presente que eu poderia ter ligada ao passado dele.
Preciso falar sobre isso com alguém antes de falar com o próprio, para ter certeza de que não será um erro fazê-lo reparar no que eu reparei; ainda estou confusa.
É tão assustador...
Basta Sasuke-kun abrir os olhos para espantar as semelhanças que eu estava observando agora mesmo.
Ele acordou.
Afasto meus pensamentos sobre seu passado e foco em nosso suntuoso presente, o que me faz sorrir.

- Oi, garotão.

O olhar dele acompanha o movimento da minha boca, depois sobe para olhar nos meus olhos.

- Oi.

Ai! Essa voz...
Minha deusa kunoichi interior está soltando risadinhas tímidas enquanto aproveita a voz sonolenta de Sasuke-kun, assim como eu.
Gostamos desse tom grave e rouco.
Mas minha reação é um pouco diferente e dolorida, pois acabei de ter uma contração involuntária.

- Oi.

Ele repete, já percebendo bem o que faz comigo.
Minha musculatura pélvica se contrai de novo e a dorzinha me faz desmontar na cama.

- Não faz isso...

Mas ele me ignora e continua provocando, se divertindo com minha reação.

- Oi.

- Dói, Sasuke-kun!

Resmungo, levantando uma mão para tapar sua boca. Levanto a cabeça e o encaro bem de perto.

- Escuta aqui, garotão! Estou sensível e dolorida, então para de falar comigo desse jeito ou eu nunca mais vou deixar colocar nem sequer um dedo em mim.

Seus olhos se estreitam um pouco, abaixo minha mão e vejo que ele está com um fraco sorriso.
Coloco um dedo na frente da minha boca e peço silêncio.

- Shh!

Surpreendentemente, Sasuke-kun se levanta da cama como se não tivesse colocado o próprio corpo pra passar horas em nossa atividade intensa ainda hoje, como se estivesse totalmente disposto; e eu sinto que quase poderia odiá-lo por ser tão bem trabalhado.
Eu tô morta... Deveria ter dormido um pouco mais -e voltar a me exercitar fora do hospital.
Sasuke-kun volta com um bloco de notas e uma caneta, então entrega pra mim e vejo que há algo escrito na primeira folha.

O Silêncio do UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora