O Silêncio do Uchiha

Sozinhos por um dia - Parte 2

Quando Sasuke-kun colocava uma ideia na cabeça, era muito difícil tirar!

Por pouco consegui convencê-lo a não saltar do penhasco de novo -e por pouco não fui eu que pulei nele ali mesmo. O beijo que ele me deu agora a pouco tinha me deixado maluca, eu só estava controlada porque a preocupação estava acima. De uma forma inexplicável, meu marido parecia mais vivo agora do que antes de pular de um penhasco de mais de cem metros de altura e arriscar entrar em estado de hipotermia. Obviamente... aquilo foi perigoso!

Sasuke-kun teve que me ouvir ficar brava com ele todo o restante do caminho, e ele ouviria muito mais se não fosse pela queda da minha confiança a cada passo que dávamos até nosso destino. Tudo bem, era eu que estava guiando-o até lá, mas nem por isso estava livre do nervosismo.

Meu marido era observador o suficiente para notar o "motel" escrito logo na entrada, e eu nem fiz questão de procurar por um estabelecimento mais discreto, apenas o que parecesse ser melhor. Porque nós merecíamos!

Os motéis só tinham um intuito no fim das contas, e ninguém estava ali por motivos muito diferentes do meu.

Eu estava tão empolgada, sempre quis vir a um desses com meu marido! Eu sabia que ele já tinha ido com outras mulheres... várias vezes... mas agora era a nossa vez. Todas antes disso já haviam sido apagadas.

- Sakura.

- Quê? O que foi?

Eu respondi de forma abrupta, com quase certeza de que ele iria dizer algo sobre nosso destino, e aí eu me perderia toda nas palavras e pagaria de idiota na frente dele, como sempre que fico nervosa.

- Você vai quebrar a minha mão se continuar apertando tanto assim.

- Oh! Perdão, Sasuke-kun.

Nós adentramos o estabelecimento. Era quentinho e... íntimo?

A mocinha atrás do balcão saiu de lá e veio me receber tão diretamente que eu travei.

- É a senhora Uchiha, não é?

Meu rosto começou a esquentar. Meu marido olhou para mim e, pelo canto do olho, vi aquele seu sorrisinho malicioso abrindo. Ele estava se divertindo com isso, era claro que estava!

Seu sorriso chamou a atenção da funcionária também, que ficou da mesma cor que eu -e ela com certeza estava mais acostumada que eu.

Até parece que nunca viu um homem bonito e safado.

Precisei pigarrear antes de confirmar.

- Eu mesma.

- Aqui está sua reserva para essa noite.

Ela me entregou uma chave preta.

- O quarto tem o mesmo número que está na chave. Quer que eu os guie?

- Podemos encontrar sozinhos.

Sasuke-kun confirmou, cobrindo o pane no meu sistema. Ele colocou a mão na base da minha coluna para me incentivar a ir em frente sem cair.

Ele riu quando nos afastamos.

- Reservou uma noite para nós, é?

- E vou aumentar a reserva se você mandar bem.

Eu atirei de volta, mas não o abalou nem um pouquinho. A confiança de Sasuke-kun me irritava e excitava tanto que eu nem sabia como reagir. E ele ainda me respondeu:

- A sua fantasia vai ficar bem comigo.

Quase tropecei nos meus próprios pés quando beliscou a minha bunda. Minha expectativa explodiu e a ansiedade se tornou torturante.