SasuSaku Extra #3.4

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Chegamos à Iwagakure após um dia e meio de viagem. Sarada demonstrou habilidades suficientes para que não fosse necessário ser protegida de ataques durante o caminho de ida, ela mesma conseguiu se proteger. Chegamos os três sem nenhum arranhão, o que me polpava energias para permanecer desenvolto por mais três dias seguidos.

Sakura e Sarada, porém, pareciam abatidas. Nenhuma das duas aceitou descansar quando eu recomendei que ficassem hospedadas enquanto eu cuidava da burocracia. Elas me seguiram ao encontro com a Tsuchikage.

Fomos recebidos depressa e com um espanto alheio com o qual eu já estava familiarizado.

- Eu pedi um Uchiha e recebi três? Mas que surpresa!

Kurotsuchi, a Kage da Aldeia da Pedra, se levantou para nos receber com um sorriso intrigado.

- Você deve ser Uchiha Sarada, eu presumo. Estava ansiosa por uma oportunidade de conhecê-la pessoalmente, pequena descendente. Seja bem-vinda à Iwagakure.

- Obrigada, Tsuchikage-sama.

- E vejo que Uchiha Sakura está aqui também.

- Tsuchikage-sama.

Minha esposa se inclinou, um hábito do qual eu não compartilhava.

- Fico muito feliz que você seja a acompanhante do Uchiha, saber que posso contar com a força de vocês dois juntos me alivia.

- Daremos nosso melhor.

- Um pouco menos que isso, por favor, apenas para garantir que não destruam a Vila com suas habilidades em conjunto.

Sakura abriu um sorrisinho honrado pelo reconhecimento de sua força, mas fechou a cara assim que a Tsuchikage passou a me cumprimentar.

- Há quanto tempo, Uchiha.

- Kurotsuchi.

Eu assenti. Ela sorriu.

- Eu confesso que tinha minhas dúvidas sobre sua existência. Já nos vimos vários anos atrás, todavia seu paradeiro é sempre desconhecido para os Kages e o seu nome soa como uma brisa leve, como uma lenda antiga... Fico satisfeita em saber que é um homem de carne e ossos.

- E pretendo manter assim. Quero detalhes da missão.

Sakura sabia bem que eu não abaixava a cabeça para hierarquia de postos no mundo ninja e deixou de se surpreender quando ainda éramos jovens adultos, mas Sarada não conseguiu esconder a surpresa. Se ela queria mesmo ser Hokage, eu torcia para que não desenvolvesse minha língua afiada, e sim as habilidades comunicativas de Sakura. Eu estava sendo uma má influência nas relações burocráticas, pretendia compensar na prática da conclusão da missão.

Kurotsuchi nos convidou para mais próximo da mesa e abriu um pergaminho com escrituras pormenorizadas do motivo pelo qual me convocou.

O sangue gelou em minhas veias ao ler o kanji dos Otsutsuki.

Puta merda!

Aquele era um dos piores cenários que consegui imaginar desde que decidimos trazer Sarada. Eu não queria minha filha e minha esposa enfrentando qualquer merda em que os Otsutsuki estivessem envolvidos.

Com dificuldade em engolir o nó que se formou em minha garganta, mantive a mente fria para ouvir a voz de Kurotsuchi. Ela se apressou a explicar que aquele kanji foi adicionado por ela mesma como uma mera suposição, já que não tinham provas concretas e não acreditavam que possam ser feito direto dos Otsutsuki. Eu não descartei a possibilidade, analisando o restante da situação a partir daí. Eu preferia me preparar para o pior.

O Silêncio do UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora