O Silêncio do Uchiha

A Família de Fora

Sasuke-kun estava quase lá. Quase irritado o suficiente para se esquecer dos cuidados e fazer comigo do jeito que ele realmente gostava.
Além do mais, preciso confessar: eu quase tive um orgasmo só de olhar pra ele ao ser recebida segundos antes. Todo molhado e duro, sua pele estava brilhando, esticada por cima dos músculos recém-treinados. O meu marido era uma delícia. Ser bem comida por aquele homem logo após sua malhação devia ser a coisa mais incrível do mudo. Seu corpo ainda estava configurado para fazer força e assumir a posição, e ainda por cima estava cheio de tesão. Toda a sua testosterona a fim de acertar o alvo de uma boa trepada. Era um macho alfa no auge.
Ele devia ter empurrado para trás seus cabelos molhados pelo suor durante a malhação, então a visão do seu rosto austero todo exposto, com os olhos ardentes bem focados em mim, e os cabelos escuros roçando os ombros, estava me deixando louquinha pra dar para ele.
Na última vez que provoquei o ciúmes de Sasuke-kun, na casa do lago dos Hyuuga, ele demonstrou uma reação explosiva e tão possessiva que me assustou, nós estávamos bêbados e discutimos, e no dia seguinte ele ficou super abalado consigo mesmo. Mas disse que não ia mais reagir daquele jeito.
Aparentemente, ele estava cumprindo com seu próprio planejado. Contudo, eu ainda podia ver a possessividade que fazia seu olhar me queimar, estava me deixando doidinha para sentir como ele iria esbanjar isso. Eu não via a hora.

- Você não vai perguntar o que foi que nós fizemos?

Eu provoquei, supondo apenas para irritá-lo mais.

- Você não fez nada com aquele cara. Você não conseguiria.

- Acha que tem toda essa potência ao ponto de ser insubstituível, é?

- Eu sei que tenho.

Ele respondeu simplesmente, tão confiante que chegava a ser bronco. Todo o seu ar arrogante era sexy demais pra mim. Minhas pernas já estavam bambas quando ele passou a mão pelo meu pescoço e segurou minha nuca, me agarrou e puxou como um predador que acabou de capturar sua presa.
Meu corpo bateu no dele como uma pluma; embora seu gesto definitivo, nós sempre nos encaixávamos. Éramos feitos um para o outro.
Tinha dado tempo de colocar a calcinha, mas eu não coloquei o sutiã porque me vesti e saí daqui às pressas mais cedo, e meu marido lembrava disso. Sasuke abaixou a cabeça e lambeu meu mamilo por cima da roupa, o atrito molhadinho me fez morder meu próprio lábio inferior. Ele abocanhou e fez uma sucção tão forte que me lembrou dolorosamente da sensibilidade a que estava submetida.

- Sasuke.

Reclamando, eu fechei os olhos e gemi de puro prazer, intoxicada pelo cheiro do suor dele, sentindo a sua ereção impressionante pressionada na minha barriga. Minhas mãos subiram automaticamente para tocar suas costas e apertá-lo ainda mais contra mim.

- Eu te irritei?

- Pra caralho.

- E o que vai fazer, hein?

- Tudo o que eu puder para tirar o cheiro daquele cara de você.

Aquele resposta me fez ter um sobressalto contra ele. Eu não tinha ideia de que passar a tarde com outra pessoa podia me deixar com o cheiro dela. Ainda assim, ele não precisava ter falado daquele jeito bem agora.

- Ah, é? Bem, então eu vou tomar um banho agora porque tô suja! E você vai ficar aqui e lidar com isso aí sozi- Ah!

Eu me segurei com força nele quando passou o braço pela minha cintura e nos puxou pra baixo. O movimento foi rápido e extremamente repentino, mas minhas costas alcançaram o chão levemente.

- Eu disse que eu vou tirar esse cheiro de você.

O peso do corpo do meu marido me pressionou com força e sua boca se colou à minha. Ele enfiou a língua fundo na minha boca, uma demonstração relativamente sutil perto do que iria acontecer mais abaixo logo, logo.
A minha saia subiu quando abri as pernas para acolher Sasuke no meio delas. Enquanto ele me beijava, estendi os braços e abaixei a bermuda dele, desesperada para recebê-lo dentro de mim. Tinha que ser agora, que ele estava vibrando de tesão e irritação.
Meu homem tirou a boca da minha e, toda ofegante, eu recebi um olhar tão selvagem que me perdi por um momento em suas íris preta e roxa, engolida por sua intensidade e absorvida pela sua transcendência.
Ele tirou o braço do enredor do meu corpo e empurrou minha calcinha pro lado, mal tive tempo de senti-lo no começo quando já estava em mim por completo. A investida fez minhas costas se arrastarem no chão, mas ele voltou a levantar o braço e me segurou pelo ombro, mantendo meu corpo exatamente onde queria.
A sensação foi alucinante. Fui forçada a me sentir entorpecida e perto de um orgasmo explosivo.
Sentir aquilo me fazia acreditar que estava transbordando em sensações quase insuportáveis. Meu corpo se esforçava de dentro para fora só para o meu homem.
Ele ficava realmente elétrico somente quando me fazia arriscar, chegando até o limite, e então recuando, só para voltar com ainda mais precisão. Era esse o ritmo que me fazia delirar.
As investidas pesadas me obrigaram a ficar agarradinha em Sasuke, completamente apaixonada e alucinada com a realidade que só era possível quando estávamos juntos. Ele estava certo: nós éramos a única combinação capaz de ir tão longe. Ele tinha, sim, toda a potência da qual o questionei mais cedo. E como todas as vezes, estava me mostrando, me surpreendendo, gravando em minha mente e corpo.
Eu agarrei seus cabelos pretos, inebriada com a penetração profunda. Ainda mais excitada pelo fato de ainda estarmos com as roupas enroscadas no corpo, trepando no chão como se ir para a cama ou não já não fizesse a mínima diferença. E era verdade. A urgência que tínhamos um pelo outro era um afrodisíaco do qual não dava para escapar.
Recebendo os impulsos do seu pau duro para dentro de mim sem piedade, eu me contraí toda, sugando e incentivando seu corpo a continuar me dando tudo de que precisava, e em troca lhe dando o mesmo sabor.
Gozei com um grito, e foi como se o orgasmo só tivesse se completado quando ouvi meu homem urrar com o rosto ao lado do meu. Como carícias agressivamente quentes, meu corpo se encolheu diante da sensação que eu tinha no momento incrivelmente excitante em que ele gozava dentro de mim, sempre forte o suficiente para me fazer sentir no fundo do corpo.
Eu sorri com a boca aberta para suportar minha respiração descompassada.
Pronta para continuar, eu levantei meus quadris e não parei de me aproveitar da rigidez dele. Mas meu homem guardava outros planos. Ele me segurou com um impulso dos quadris que me fez arfar, a bunda arranhando no chão.