SasuSaku Extra #5.3

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Caralho! Sakura aceitou!

Eu tinha sido egoísta com ela. Fui cruelmente sincero e disse o que queria, disse que não lhe daria nada em troca... E ela aceitou! Nem nos meus sonhos as coisas aconteciam tão fáceis assim.

Não fazia sentido. Talvez ela estivesse sendo impulsiva.

- Você não precisa fazer algo sempre que eu digo que é o que eu quero.

- Eu sei, Sasuke-kun. Essa foi uma das primeiras coisas que você me ensinou.

Ela colocou as mãos na cintura e me olhou com firmeza.

- Diferente de você, eu não quero morrer sem essa experiência, ok? Vem logo!

Determinada, minha esposa me agarrou pelo braço e levou consigo pro quarto. Foi preciso sufocar uma risada no fundo da garganta ao vê-la subir na nossa cama que nem um gato e olhar para trás.

- O que você está fazendo?

- O que acha que eu tô fazendo? Eu tô pronta.

Não consegui esconder minha surpresa e tive que cobrir a boca por um instante.

- Você não está pronta. Vem aqui.

Eu a ajudei a ficar de pé de novo e entreguei a toalha para que se cobrisse.

- Você nunca leu sobre como isso funciona?

- Não sei qual especialista aprende esse tipo de coisa, mas não é o meu domínio. Como eu deveria saber?

- Você e Ino falam sobre tudo.

- Ino e Sai não tiveram uma boa experiência e eu não tenho experiência nenhuma, então não tocamos muito nesse assunto.

Sakura prendeu a toalha no corpo e cruzou os braços.

- Esquece, Sasuke-kun. Melhor a gente deixar pra lá. Eu não sei como dar a bunda e você tá me olhando como alguém que sabe muito bem comer uma.

Dessa vez ela conseguiu me arrancar uma risada.

- Não tem graça!

- Tem um pouco.

- Não tem!

- Não tô te olhando como alguém que sabe comer uma bunda. Tô te olhando como alguém que vai te ensinar, beleza?

- Meu Deus, isso não pode ser tão difícil assim.

- Quem dera...

Eu pensei alto. Sakura ficou com os olhos arregalados.

- Desculpa.

- Eu já disse que você é um tarado?

Ela me deu um tapinha no ombro, de repente melhorando seu humor.

- Ok... O que eu preciso saber?

Tivemos uma conversa um tanto quanto didática, seguida de um acordo: eu ficaria mais dois dias e, se no terceiro ela ainda quisesse, então eu acreditaria ser mesmo por vontade própria. Contudo, fazer ela pensar com calma não era o único motivo pelo qual pedi esse tempo. Eu tinha alguns planos também, além de ficar um pouco mais com minha família.

E assim foi feito.



Era engraçado como eu sabia dos traumas e sonhos do meu marido... mas simplesmente não sabia se ele gostava mais de comer carne ou peixe. Já fazia meia hora que eu estava parada na frente das refeições, tentando me decidir qual levar para ele.

O Silêncio do UchihaOnde histórias criam vida. Descubra agora