Capítulo 16 - Lua de mel? Tô fora!

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BIANCA:

  Com o anel em mãos, olho no fundo dos olhos dele e começo a falar:

  — Meu querido CÃO, saiba que desde que te vi magoadinho naquele dia, pensei em última hora e pensei em te dar uma nova chance. Sabe, você nunca fez o meu tipo mesmo. Pois procuro um macho alfa e não um cachorrinho assustado. Mas a sua fofura me convenceu de que era melhor do que nada! Hoje me caso com você, mas sei que me arrependerei mais tarde. Mas mesmo assim quis tentar provar o impossível de amá-lo diante de todos. Então, meu cachorro Lorenzinho, farei tudo para que me ame e faça tudo que eu disser. Quem sabe num futuro próximo você me dará uma casa cheia de filhotinhos! Choro só de pensar! Espero que eles puxem a mim, e não a você. Afinal, eu possuo os melhores genes! Enfim, eu o amo, só que não! Na verdade, lamento por essa nossa infeliz união! — então comecei a copiar Lorenzo, só que de um jeito bem pior.

Dito isso, coloco a aliança no dedo dele. Vejo os olhos de Lorenzo esfumaçando de raiva pelas minhas palavras.

— Bem feito. Quem mandou mexer comigo? — pensei vitoriosa.

Observo a cara do padre. Tento prender o riso, pois estava cômico. Logo ouço burburinho e risadinhas pelo salão também. Certamente o meu discurso foi genial!

O padre limpa a garganta, se recompõe e diz as seguintes palavras.

— O que Deus uniu, o homem jamais o separa! Agora eu vos declaro marido e mulher! Pode beijar a noiva.

Ao ouvir a última frase, congelo-me de medo.

— Não tinha pensado nessa parte! E agora?! — pensei desesperada.

Lorenzo pega em meu braço, antes que eu fizesse qualquer ato. Então ele agarra o meu queixo e o apertou suavemente.

— Feche os olhos. — ele cochichou.

Mesmo relutante, obedeço, ainda assustada.

Sinto seus lábios quentes encostarem gentilmente em minha testa, depois ele se afasta e anuncia a todos os que estavam presentes:

— Eu e minha esposa agradecemos a sua presença. Esta cerimônia está encerrada! Obrigado.

Dito isso, Lorenzo me pega novamente em seu colo, me surpreendendo.

— Isso tá ficando repetitivo! — resmunguei baixinho.

Ele sai apressadamente comigo em seus braços até a saída do hotel. Lorenzo me joga para dentro do carro de forma abrupta. Em seguida, ele entra e dirige pela estrada sem se importar com a festa.

Receio que ele esteja me sequestrando pra algum lugar.

Paramos num sinal vermelho. Ele me encara seriamente.

— O que foi? — pergunto, sem entender.

— Coloque o cinto. Não quero ser responsável por você, caso aconteça algum acidente. — ele disse friamente.

— Ah. Pra onde estamos indo? — indago, curiosa.

— Lua de mel.

— O quê?! Ninguém me falou sobre nada disso! — discuti.

— Gastei meu dinheiro e meu tempo com você! Preciso de umas férias para relaxar. Se não quiser me acompanhar, te deixo à mercê pelas ruas. Você escolhe! — ele falou de maneira seca.

— Vou com você. — respondi.

Então, Lorenzo me ignora o resto da viagem e pisa fundo no acelerador seguindo pela estrada.

O Coração em ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora