Capítulo 31 - O detetive

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LORENZO:

  Lentamente abro os olhos. Olho para a janela, a chuva já havia cessado. Espreguiço-me e em seguida, me levanto.

Olho para o despertador, eram sete e quinze. A esta altura, Bárbara já deve ter acordado. Como será que ela passou a noite? Espero que tenha tido um pesadelo! Isso sim!

Enfim, levei um tempo para tomar uma ducha rápida e trocar-me de roupa.

Escolho o look de hoje:

  Ao estar bem vestido, pego a chave do quarto vazio e vou até lá

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  Ao estar bem vestido, pego a chave do quarto vazio e vou até lá. Ao chegar, me deparo com Madalena e Tomás tentando arrombar a porta.

— O que está acontecendo aqui? — perguntei de forma áspera.

Madalena e Tomás param o que estão fazendo e me encaram silenciosamente. Nenhum deles pareciam querer falar na minha frente.

— Respondam!

Até que ouço a voz de alguém.

— Sr. LeBlanc! Por favor, me tire daqui!

Para o meu espanto, a voz não era de Bárbara, e sim, de Lídia.

Rapidamente, coloco a chave e destranco a porta. Lídia estava no chão ajoelhada. Noto também uma bandeja com farelos de comida.

— O que aconteceu aqui, Lídia? — questiono-a seriamente.

— A Sra. Rodríguez... Ela me trancou aqui. Temo que ela tenha fugido mais uma vez, senhor.

Aquela mulher... Aquela bruxa! Estou farto das tramoias dela!

— Saiam. — pedi impaciente.

— Patrão?

— Saiam daqui! Agora! — esbravejei.

Madalena, Lídia e Tomás se apressam e vão embora. Nada que eu fiz para contê-la deu certo. Então usarei minha última carta na manga!

Pego meu celular e digito um nome particular, com o nome, Sr. Carlizes. Na época que meus pais eram vivos, ele era um grande amigo da família. Ele é bem popular com a fama de detetive. Ele é a melhor opção que tenho no momento.

— Alô? Preciso que faça um favor pra mim. Quero que vigie minha esposa, sra. Bárbara Rodríguez. Descubra tudo que deve e o que não deve sobre ela. Faça a ficha completa! E o mais importante, seja discreto. — ordenei.

Termino a ligação e desço para comer o desjejum. A mesa estava repleta de todo tipo de comida saborosa. Neste exato momento, Lídia aparece para mim.

— Patrão... Podemos conversar? — ela me pergunta meio hesitante.

Solto um suspiro franco.

— Eu sei que foi você que soltou a Bárbara. Está aqui para admitir o seu erro?

— Na verdade, gostaria de falar sobre outro assunto com o senhor. — ela me disse.

— Sente-se.

Ela se senta e me encara.

— Quero pedir que trate melhor a Sra. Bárbara.

Espanto-me ao ouvir tal coisa.

— O que está dizendo? — perguntei seriamente.

Então, ela me responde francamente:

— Antes de me falar qualquer coisa, deixe-me explicar. Quando eu levei comida para ela hoje cedo, percebi que Bárbara carregava uma ficha médica na bolsa. Suponho que a pessoa doente não era seu avô, provavelmente seja ela.

  — Mas...

  — Mas o que o senhor fez? Gritou com ela, a trancou sem ao menos conversar. Não pensou nos sentimentos dela? Quando cheguei ela estava com a mão machucada. Ela fugiu, porque certamente esta casa é uma prisão para ela! Ninguém quer viver algo assim. Não estou te acusando, mas orientando a tomar o caminho certo, antes que alguma coisa grave aconteça. A Bárbara pode não parecer, mas ela é muito tímida e tratá-la dessa forma pode ser prejudicial para a saúde dela! Se ela mentiu, provavelmente existe um bom motivo por trás dessa história. Já pensou nisso? — contestou Lídia.

Sinto um peso nos ombros após ouvir as palavras de Lídia. Realmente, se eu tivesse sido cabeça fria e perguntado a real situação, ela não teria fugido e sofrido tanto.

— Está bem. Tem a minha palavra. — confessei.

Lídia sorriu para mim e retribuo o gesto.

— Quando ela voltar, pedirei desculpas a ela.

Feito isso, como o desjejum e saio para o trabalho.

O Coração em ChamasOnde histórias criam vida. Descubra agora